Levantamento, que ouviu cerca de 500 micro, pequenas e médias empresas brasileiras, indica aumento daqueles que desejam usar ferramentas para vender mais e melhor; companhias de menor porte continuam vendo oportunidades na pandemia, desta vez para inovar e alocar recursos em soluções digitais
São Paulo 26 de julho de 2021 – O futuro do trabalho das micro, pequenas e médias empresas brasileiras deverá ser remoto, com investimentos em atendimento e plataformas digitais para vender mais e melhor. É o que revela uma pesquisa especial da Serasa Experian realizada com cerca de 500 executivos de MPMEs no país sobre os investimentos que farão após a pandemia de Covid-19. O levantamento, realizado em junho deste ano, mostra que 5 em cada 10 empreendedores (47,1%) pretendem alocar recursos para esta frente, um aumento de 6,8 pontos percentuais na comparação com a primeira onda da pesquisa, realizada em novembro de 2020. Em segundo lugar, a intenção é destinar o investimento pós-pandemia para o trabalho e o atendimento remoto (41,2%), veja detalhes no gráfico abaixo:
A alternativa de investir em soluções que permitam a venda dos produtos remotamente com qualidade é destaque em todos os setores, mas principalmente no Comércio – neste, a opção foi selecionada por 57,4% dos entrevistados, bem acima da média geral. Neste segmento, a gestão financeira também é bastante importante, uma vez que 35,3% sinalizam esta possibilidade de investimento, um aumento significativo quando analisadas as mesmas respostas dadas em 2020. Na média geral, houve um crescimento deste tópico, indicando uma maior preocupação com o tema.
O vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas e Identidade Digital da Serasa Experian, Cleber Genero, conta que depois de mais de um ano de pandemia e a tensão maior do início, os empreendedores começam a avaliar o que ficou de positivo para os negócios. “A aceleração das vendas online trouxe vantagens para os negócios e muitos conseguiram se manter e até crescer por conta disso. Ficou de aprendizado também a importância de ter as contas em ordem e uma reserva financeira para o negócio, por isso observamos esse aumento na intenção de alocar recursos em gestão financeira”, finaliza.
De fato, os dados mostram que daqueles que comercializam produtos e serviços online, aumentou os que pretendem continuar desta forma. Dados de junho/21 apontam que 85,8% dos empreendedores entrevistados escolheram esta opção, sendo que 63,0% destes disseram que a comercialização eletrônica trouxe melhorias.