Complementando as análises já existentes na companhia, novo índice possibilita a visão completa da jornada de crédito no país
São Paulo, 04 de outubro de 2021 – A Serasa Experian lança o Indicador de Recuperação de Crédito, que exibe o percentual de dívidas pagas pelas empresas em após 60 dias à negativação. Junto aos demais materiais econômicos já divulgados pela companhia, agora é possível observar a jornada de crédito de maneira integral, com a procura pelo recurso financeiro, os números de negativação e a sua eventual recuperação. O indicador de abril de 2021, que traz informações sobre as dívidas que foram ressarcidas em até 60 dias a partir deste mês de referência, mostra recuperação de 51,0%, principalmente fora do setor financeiro. No total, 51,9% dos valores reavidos foram fora dos bancos, cartões e financeiras, com destaque principalmente para Utilities (63,8%). Este é o maior percentual de dívidas quitadas (das que estavam em atraso e, por isto, negativadas) da série histórica e o único segmento que apresentou alta na comparação com os dados de abril de 2020. Na sequência estão as Securitizadoras (52,6%) e os Bancos e Cartões (52,0%), sendo que este registrou a maior queda na comparação anual – 11,6 pontos percentuais.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, comenta que a melhora dos índices de recuperação de dívidas em abril reflete o bom desempenho da economia brasileira durante o primeiro trimestre deste ano. Contudo, o aumento da inflação, a crise hídrica e as turbulências políticas podem afetar negativamente os índices de recuperação de dívidas ao longo dos próximos meses.
O novo indicador destaca ainda a idade das dívidas e revela um padrão, pois as mais recentes tendem a ser mais recuperadas, enquanto aquelas com mais tempo de existência têm o percentual de quitação mais baixo. Considerando compromissos que estavam vencidos há 30 dias, 64,4% foram recuperados; de 30 a 60 dias, 44,6%; de 60 a 90 dias, 31,4%; de 90 a 180 dias, 23,7%; entre 180 dias e o primeiro ano, 26,4% e 15,7% entre um e mais anos. Rabi explica alguns motivos que podem explicar esse movimento: “com o passar do tempo, tanto as multas e os encargos financeiros vão encarecendo o valor das dívidas, quanto a situação financeira das empresas com dificuldades pode se agravar ainda mais, o que torna mais difícil a recuperação das dívidas mais antigas.”
Apesar das dificuldades,