Com o aumento das ameaças cibernéticas e a sofisticação dos ataques digitais, empresas e indivíduos precisam evoluir rapidamente e adotar métodos de proteção tecnológicos, cada vez mais robustos, para garantir a integridade e a confidencialidade de suas informações.

Nesse sentido, a autenticação de dois fatores (2FA) e as senhas de uso único (OTPs) surgem para complementar, de forma eficaz, a segurança desses dados sensíveis. Mas qual é a diferença entre essas duas formas de autenticação multifatorial? É sobre isso que vamos tratar neste conteúdo.

Abordaremos o que são as OTPs, como funcionam, os diferentes tipos existentes e como a 2FA integra essas senhas temporárias em um sistema de segurança mais amplo e sofisticado. Também discutiremos as vantagens de implementar essas tecnologias em empresas, destacando a proteção adicional que oferecem contra fraudes e invasões. Continue a leitura e entenda tudo!

O que é OTP?

Uma OTP, ou senha de uso único, é um tipo de autenticação multifatorial em formato de código que expira após um determinado tempo ou depois de sua primeira utilização. Em outras palavras, é como se fosse uma senha gerada automaticamente por um sistema de autenticação, tendo seu prazo de validade limitado.

Por fornecer uma camada a mais de segurança, a OTP é um dos múltiplos fatores de autenticação mais indicados para a proteção de dados sensíveis, seja para uso pessoal, institucional ou empresarial. Isso garante que os cibercriminosos tenham muito mais dificuldade para invadir as contas.

A OTP pode ser de dois tipos: baseada em tempo (TOTP) e em hash (HOTP). A primeira, TOTP, é válida por um determinado período, ou seja, se o usuário não a utilizar entre 30 e 60 segundos, ela perde sua aplicação.

Já a segunda, HOTP, é válida apenas até o primeiro acesso do indivíduo. Ou seja, assim que ele a utilizar, seja depois de 5, 10, 45 ou 60 segundos, ela perde sua capacidade de autenticação.

O que é 2FA?

A autenticação de dois fatores (2FA), também conhecida como verificação em duas etapas, é um método de segurança que requer duas formas de verificação para conceder acesso a um sistema, adicionando uma camada extra de proteção além da senha tradicional.

O primeiro fator é algo que o usuário sabe (como uma senha) e o segundo fator é algo que o usuário possui (como um token ou uma OTP). Essa combinação de fatores torna significativamente mais difícil para os vários tipos de fraudadores digitais acessarem informações sensíveis, mesmo que consigam comprometer um dos fatores de autenticação.

Elementos da 2FA

Os parâmetros de validação da 2FA exigem a combinação de algo que o usuário sabe (normalmente a senha) com algo que ele possui (como um e-mail, número de telefone, um token ou uma OTP). Vamos detalhar cada um deles a seguir.

1. Algo que você sabe (primeiro fator)

Esse elemento da 2FA refere-se a informações conhecidas exclusivamente pelo usuário. Ele serve como o primeiro fator na autenticação e inclui:

  • Senha: a forma mais comum de autenticação. Envolve uma sequência de caracteres que o usuário cria e memoriza;
  • PIN (número de identificação pessoal): um código numérico, geralmente mais curto do que uma senha, utilizado para autenticação rápida;
  • Perguntas de segurança: respostas a perguntas pessoais usadas para recuperar contas ou como um método secundário de autenticação.

Apesar de serem informações consideradas seguras, elas permanecem seguras apenas enquanto são conhecidas unicamente pelo usuário. No entanto, podem ser comprometidas caso sejam compartilhadas ou descobertas por terceiros, o que normalmente ocorre em ataques como o phishing.

2. Algo que você tem (segundo fator)

Esse elemento refere-se a um objeto físico ou digital que o usuário deve possuir, servindo como o segundo fator no método de 2FA. Pode incluir:

  • Token de hardware: dispositivos físicos que geram OTPs (One-Time Passwords) que mudam periodicamente. Exemplos incluem chaves de segurança (como YubiKey) e dispositivos RSA SecurID;
  • Smartphone com aplicativo autenticador: aplicativos como Google Authenticator, Authy ou Microsoft Authenticator, que geram OTPs baseados em tempo (TOTP) ou contador (HOTP). Esses aplicativos são instalados no smartphone do usuário e sincronizados com o servidor de autenticação;
  • Chave de segurança USB: dispositivos USB que implementam protocolos como U2F (Universal 2nd Factor) ou FIDO2 para autenticação segura. Quando conectados a um computador, fornecem uma 2FA;
  • Cartões inteligentes: cartões com um chip integrado que, quando inseridos em um leitor, autenticam o usuário. Eles são comuns em ambientes corporativos e governamentais;
  • SMS ou e-mail: códigos OTP enviados via SMS ou e-mail ao usuário. Ao serem recebidos, são inseridos no sistema de autenticação para completar o processo.

Qual é a diferença entre OTP e 2FA?

Tanto a autenticação de dois fatores (2FA) quanto as senhas de uso único (OTPs) são tipos de autenticação multifatorial para verificar a identidade de um usuário.

A diferença entre elas é que a OTP é uma alternativa entre as formas de autenticação, assim como o e-mail, o SMS, a biometria facial, o push e até as chamadas de voz.

A 2FA, por sua vez, é o processo que envolve dois formatos de autenticação, como mencionamos: algo que o usuário sabe e algo que ele possui. As OTPs, por exemplo, frequentemente servem como o segundo fator em um esquema de 2FA.

Então, a principal diferença está no escopo e no uso: as OTPs são códigos específicos para uma única utilização, enquanto a 2FA é um método que pode incluir OTPs, mas também pode utilizar outros elementos, como o reconhecimento facial ou os tokens físicos.

Vantagens de utilizar OTP e 2FA na sua empresa

Você sabia que, segundo o fraudômetro da Serasa Experian, até a metade do mês de junho de 2024, o número de tentativas de fraude de identidade já bateu a marca de 4,6 milhões? Esse aumento é reflexo, principalmente, da falta de implementação de medidas de segurança analítica, resultando em perdas financeiras, reputacionais e até regulatórias.

As principais vantagens de utilizar OTPs e 2FA na sua empresa são o aumento de segurança de dados sensíveis, a prevenção à fraude de identidade e a facilidade de implementação interna. Confira:

Aumento da segurança

A combinação de OTP e 2FA proporciona uma camada adicional de segurança, reduzindo significativamente o risco de acessos não autorizados.

Mesmo que um hacker obtenha a senha de um usuário, ele ainda precisará do segundo fator (por exemplo, uma senha de uso único baseada em hash) para acessar a conta. Isso torna ataques como phishing ou keylogging menos eficazes, pois o invasor precisaria também do dispositivo físico ou acesso ao aplicativo autenticador.

Além disso, empresas que lidam com informações altamente sensíveis, como instituições financeiras, operadoras de saúde e grandes corporações, podem proteger melhor seus dados críticos usando 2FA.

Prevenção à fraude

Para grandes contas, como bancos e instituições financeiras que lidam com transações de alto valor, a 2FA garante que todas as movimentações sejam realizadas por pessoas autorizadas, prevenindo, também, fraudes em larga escala e preservando a confiança dos clientes.

Além disso, o segundo fator de autenticação impede que ataques comuns, como phishing e-mail e smishing, sejam bem-sucedidos. Em qualquer caso, é essencial garantir que não haja a possibilidade de roubo de dados, utilizando ferramentas de autenticação eficazes.

As soluções de MFA da Serasa Experian, por exemplo, são adaptáveis por casos de uso. O que isso quer dizer? O contratante da ferramenta pode acioná-la apenas quando houver suspeita de fraude, uma operação de alto risco ou uma transação fora do padrão do usuário.

Isso não só evita fraudes como não prejudica a experiência do usuário legítimo, que não precisa colocar essa segunda autenticação a cada acesso.

Facilidade de implementação

A implementação de OTP e 2FA nos sistemas empresariais é relativamente simples e compatível com muitas plataformas existentes. Aplicativos autenticadores, tokens físicos e sistemas de SMS são amplamente suportados e fáceis de integrar. Ou seja, as empresas não precisam investir em infraestrutura completamente nova para implementar essas medidas de segurança.

A Microsoft Azure Active Directory, por exemplo, oferece suporte nativo para 2FA, permitindo que empresas a integrem facilmente em seus sistemas de login sem a necessidade de configurar soluções complexas ou comprar hardware adicional.

Além disso, muitos provedores de serviços oferecem APIs e SDKs que facilitam a adoção dessas tecnologias de segurança, permitindo que as organizações fortaleçam suas defesas sem grandes investimentos em infraestrutura ou alterações significativas nos sistemas atuais.

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