Os termos roubo de identidade e fraude de identidade são usados com muita frequência para denominar os golpes mais comuns do momento. No entanto, ambos apresentam diferenças significativas em suas características, que empresas e instituições precisam entender para combater corretamente cada um deles.
Quer descobrir como identificá-los e proteger seus negócios com a melhor estratégia? Então você está no lugar certo! Neste conteúdo, vamos detalhar os dois termos e ajudá-lo a saber quando há a ocorrência de uma ou de outra situação. Boa leitura!
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O que é roubo de identidade? Como funciona?
O roubo de identidade é uma prática criminosa em que indivíduos mal-intencionados obtêm, de forma ilegal, informações pessoais e financeiras de outra pessoa, como nome, número de CPF, RG, número de passaporte e até dados bancários. Essas informações podem ser utilizadas para realizar atividades fraudulentas, como abertura de contas bancárias, solicitação de cartões de crédito e, até mesmo, contratos de serviços em nome da vítima.
Os criminosos geralmente acessam esses dados por meio de diversas técnicas de coleta de credenciais, que podem variar desde métodos simples quanto altamente sofisticados. Algumas das formas mais comuns de roubo de identidade incluem:
- Engenharia social: envolve o uso de táticas de manipulação psicológica, como o phishing (envio de e-mails falsos), vishing (fraudes por telefone) e smishing (fraudes por mensagens de texto), nas quais os criminosos induzem a vítima a compartilhar voluntariamente suas informações pessoais.
- Violação de dados: hackers exploram vulnerabilidades em sistemas corporativos para acessar grandes quantidades de dados pessoais e financeiros de clientes, que podem ser vendidos na dark web ou utilizados diretamente pelos criminosos.
- Malware e spywares: softwares maliciosos instalados nos dispositivos da vítima podem capturar credenciais de login, senhas e outras informações sensíveis, sem o conhecimento da pessoa.
- Ataques man-in-the-middle (MITM): nesses ataques, os criminosos interceptam a comunicação entre duas partes, como uma conexão de internet não segura, para roubar informações pessoais em tempo real.
Uma vez em posse desses dados, os indivíduos mal-intencionados podem utilizá-los para se passar pela vítima, abrindo contas, obtendo documentos falsificados, solicitando empréstimos e linhas de crédito ou cometendo outros crimes financeiros.
Em casos mais graves, os criminosos podem compartilhar esses dados roubados em mercados ilegais, como na dark web, para serem usados por outros fraudadores, perpetuando uma cadeia de crimes cada vez mais complexa e perigosa.
De acordo com o Relatório de Identidade Digital e Fraudes da Serasa Experian, a maioria das fraudes relacionadas à identidade começa com o roubo de dados pessoais. Além disso, 58% das empresas estão mais preocupadas com fraudes, especialmente fraudes de identidade, e isso aumentou consideravelmente entre 2022 e 2024.
Esse contexto mostra a relevância de proteção contra os crimes que elencamos acima, visto que a perda financeira e o vazamento de dados não afetam apenas indivíduos, mas também empresas que, ao não protegerem adequadamente os dados sensíveis de seus clientes, tornam-se alvos de grandes violações de dados.
O que é fraude de identidade? Como funciona?
A fraude de identidade ocorre em uma etapa posterior, ou seja, quando o criminoso já tem em mãos as informações pessoais ou financeiras roubadas e as utiliza para obter qualquer tipo de vantagem financeira ilícita.
Diferentemente do roubo de identidade, que é o processo de coleta das informações, a fraude de identidade refere-se ao uso direto dessas informações para enganar terceiros.
Os golpistas podem solicitar crédito ou realizar compras em nome da vítima, abrir contas bancárias ou até mesmo realizar transferências financeiras ilegais para contas laranjas. Alguns dos tipos mais comuns de fraudes de identidade incluem:
- Pedidos de crédito ou empréstimos;
- Compras com cartões de crédito clonados;
- Abertura de contas bancárias falsas;
- Solicitações de documentos oficiais, como carteiras de motorista;
- Fraudes em seguros e planos de saúde.
Atualmente, os tipos de ataques mais comuns incluem fraudes de aplicativos, a chamada fraude sintética (quando criminosos combinam dados verdadeiros e falsos para criar novas identidades), fraudes de cartão não presencial e fraudes relacionadas a pagamentos digitais e transações financeiras.
Para resumir, as situações envolvem duas etapas diferentes na execução de um golpe. O roubo de identidade acontece em um primeiro momento e, com as informações em mãos, o golpista parte para a fraude de identidade.
Qual a diferença entre roubo e fraude de identidade?
O roubo de identidade e a fraude de identidade são crimes inter-relacionados, mas distintos. O roubo de identidade refere-se à obtenção ilegal de informações pessoais de uma vítima, sem seu conhecimento ou consentimento, para fins criminosos.
As informações obtidas por esses tipos de engenharia social são, muitas vezes, vendidas em mercados ilegais, como a dark web, e se tornam uma ferramenta valiosa para o próximo estágio: a fraude de identidade.
Por outro lado, a fraude de identidade é o uso dessas informações roubadas para obter vantagens ilícitas. Após o roubo, o criminoso coloca os dados em prática, utilizando-os para ações fraudulentas, como abrir contas bancárias em nome da vítima, solicitar cartões de crédito ou empréstimos, fazer compras ou transferências de grandes valores ou obter documentos oficiais falsificados.
Então, a principal diferença entre os dois termos está no momento do crime. O roubo de identidade acontece no ato de adquirir os dados, enquanto a fraude de identidade ocorre quando o golpista utiliza esses dados para cometer fraudes e obter benefícios financeiros.
Quais são as consequências do crime de fraude?
O crime de fraude de identidade gera impactos significativos que vão além dos danos financeiros diretos. As consequências incluem prejuízos à reputação, impactos legais, perda de clientes e custos com a implementação de correções.
Continue a leitura para entender melhor cada um desses aspectos!
Prejuízos financeiros diretos
O impacto financeiro é um dos primeiros e mais visíveis efeitos da fraude de identidade. Em muitos casos, o cibercriminoso utiliza as informações roubadas para fazer compras, solicitar empréstimos ou realizar transferências fraudulentas, criando uma onda de perdas monetárias imediatas. Estima-se que fraudes de identidade causem bilhões de dólares em perdas globais a cada ano.
Para grandes players, os custos podem ser substanciais. O custo de lidar com fraudes pode incluir reembolsos a clientes afetados, recuperação de fundos e processos judiciais, além de multas regulatórias que podem ser aplicadas em casos de falhas de segurança.
Danos à reputação
Além dos prejuízos financeiros, a reputação de uma organização pode ser gravemente abalada por uma fraude de identidade. Consumidores esperam que as empresas protejam seus dados pessoais, e qualquer violação desse pacto de confiança pode resultar em danos à marca.
O Relatório de Fraude de Identidade da Serasa Experian de 2024 mostra que "41% dos consumidores estão mais dispostos a realizar transações com marcas desconhecidas quando estas utilizam proteções contra fraudes de empresas renomadas".
E mais: a responsabilidade de prevenção à fraude é delegada para as empresas – "86% dos entrevistados têm expectativas de que as instituições adotem as medidas necessárias para protegê-los dos golpes".
Confira um trecho da entrevista com Caio Rocha, Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian:
Uma marca renomada pode, de fato, transferir parte dessa confiança para os clientes daquela de menor renome. E, quando isso acontece, gera maior potencial de conversão por consequência.
A utilização de tecnologias avançadas e de empresas de prevenção à fraude reconhecidas demonstra o compromisso da marca com a proteção dos dados e transações de seus clientes. Esta prática não só atrai consumidores mais cautelosos, mas também pode acelerar a construção de uma reputação sólida.
Impactos legais e regulatórios
O não cumprimento de normas de proteção de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil e o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia, pode resultar em penalidades significativas. Empresas que falham em proteger os dados pessoais de seus clientes estão sujeitas a multas pesadas e processos legais.
Nos últimos anos, o rigor das regulamentações de proteção de dados aumentou substancialmente, com multas podendo alcançar até 4% do faturamento global anual da empresa infratora (no caso do GDPR). Além disso, há a responsabilidade civil das empresas em reembolsar consumidores afetados por fraudes cometidas devido a falhas de segurança nos sistemas de proteção de dados.
Perda de clientes
A confiança é um dos pilares fundamentais da relação entre empresas e consumidores. Quando um cliente é vítima de fraude devido a um roubo de identidade que envolve uma empresa, sua perda se torna uma consequência inevitável. Em muitos casos, consumidores afetados buscam novas opções de fornecedores ou prestadores de serviços que ofereçam maior segurança e confiabilidade.
Outra pesquisa da Serasa Experian, dedicada a compreender as preferências dos consumidores em meio digital, revelou que "86% dos usuários avaliados afirmaram que sempre ou geralmente escolhem comprar de marcas que julgam seguras e que 62% deles são propensos a pagar mais caro por produtos de empresas que proporcionem segurança online e reduzam o risco de fraudes".
Portanto, é esperado que os clientes afetados abandonem as empresas após serem vítimas de fraudes. E isso pode gerar uma perda significativa de receita a longo prazo, além de dificultar a retenção de novos leads que, considerando os dados trazidos acima, estarão mais atentos à reputação da empresa em relação à segurança de dados.
Custos com a implementação de medidas de correção
Após uma fraude de identidade, as companhias frequentemente precisam adotar medidas para corrigir falhas e evitar incidentes futuros com a implementação de novas tecnologias de segurança, como sistemas de autenticação multifatorial (MFA), criptografia mais robusta e auditorias de segurança regulares.
De acordo com um relatório feito pela IBM em conjunto com o instituto Ponemon, o custo médio global de uma violação de dados deve ultrapassar US$ 4,8 milhões em 2024 – incluindo despesas com comunicação de crises, consultorias especializadas e reforço das infraestruturas de segurança –, o que representa um aumento de 10% em relação ao ano passado e o maior total de todos os tempos.
A mesma pesquisa mostra que a economia média de custos chega a US$ 2,2 milhões para organizações que usaram IA de segurança, Machine Learning e motores de decisão de crédito automatizados, em comparação com aquelas que não o fizeram.
Percebe a importância da adoção da tecnologia na prevenção à fraude? Essas são as formas mais eficazes de controlar as ameaças, mas, no próximo tópico, traremos mais dicas úteis para identificar atividades relacionadas de forma antecipada e reduzir a vulnerabilidade a esses ataques. Continue conosco!
Como mitigar ameaças de roubo e fraude de identidade?
Abaixo, trouxemos algumas dicas e sugestões de ferramentas que podem te ajudar a mitigar as ameaças de crimes de fraude.
Entenda as diferenças do processo
A primeira conclusão a respeito das diferenças entre as duas situações é a de que o roubo de identidade pode até ser considerado um tipo de fraude, mas acontece de forma independente devido à sua natureza.
Já a maioria dos casos de fraude de identidade são consequências de um roubo de informações cometido em uma etapa anterior. Ela acontece, normalmente, em um momento apartado da jornada do usuário e até em plataformas totalmente diferentes de onde o roubo ocorreu.
Quando o roubo de identidade e a fraude de identidade acontecem sincronizados, o primeiro passo é o fraudador assumir a conta da vítima; logo após, ele se passa por essa pessoa e, então, executa ações não autorizadas. O problema é que, na maioria das vezes, a fraude de identidade acontece muito tempo depois que o roubo de informações sensíveis ocorreu, podendo ser realizada, inclusive, por criminosos que não participaram do crime original.
Por isso, é muito importante que empresas como a sua saibam diferenciar o roubo e a fraude de identidade. Assim, é mais fácil mitigar os riscos e adotar a proteção mais adequada.
O processo envolve um entendimento claro sobre os pontos da jornada do consumidor e o conhecimento das melhores ferramentas de proteção antifraude para implementar nos negócios.
Invista na prevenção à fraude de identidade
A combinação de ferramentas no combate ao roubo e às fraudes de identidade é fundamental para que uma empresa faça negócios de forma mais segura. Assim, é preciso compreender a fundo as características de uso, o segmento de atuação e o canal pelo qual o usuário final irá interagir com o sistema.
O cenário ideal para toda instituição que deseja se proteger dos riscos financeiros e reputacionais é checar três informações relevantes ao longo da jornada de compra:
- O indivíduo que fez a transação é uma pessoa real?
- Ele é realmente quem está dizendo ser?
- O titular dos dados tem a posse de sua conta no momento da interação?
Também é importante saber que tanto o roubo quanto a fraude de identidade podem ser motivos de preocupação para diversas equipes de uma mesma organização.
Embora os times de autenticação e prevenção à fraude sejam responsáveis pela mitigação dentro da jornada do usuário, a unidade de crédito também pode se deparar com o uso de informações roubadas em outros momentos.
O conflito interno é o grande problema que a empresa enfrenta, porque, geralmente, os núcleos de negócio trabalham em silos e se comunicam pouco entre si, o que pode fazer com que determinados crimes passem despercebidos por muito tempo.
Por fim, vale mencionar que, embora o roubo de identidade e a fraude de identidade sejam diferentes e ocorram em estágios distintos da jornada, também há características que podem conectá-los.
O roubo de identidade que ocorreu no ‘Banco A’ pode se transformar na fraude de identidade que ocorrerá no ‘Comerciante B’. Por isso, certos sinais podem – e devem – ser compartilhados entre as instituições para que uma tentativa de fraude possa ser mais facilmente identificada e bloqueada. Isso mostra a importância do chamado efeito rede.
Saiba como a abordagem analítica protege empresas e consumidores
Mitigar o roubo e a fraude de identidade é tarefa complexa, que requer o monitoramento constante da jornada do usuário e a compreensão de sinais que, às vezes, vão muito além do que está disponível para determinada equipe ou instituição.
A atividade criminosa pode começar em uma instituição e continuar em outra, o que requer uma visão de todo o ecossistema por longos períodos. Como a abordagem dos fraudadores muda regularmente em busca de processos vulneráveis, é comum que eles compartilhem entre si as táticas de sucesso ou as informações roubadas em ataques.
Por isso, é essencial que as instituições tenham acesso a dados confiáveis, provenientes de diversas fontes seguras, e possam trabalhá-los em larga escala para montar estratégias ágeis e eficientes de mitigação de fraudes. Mas não apenas isso, é preciso também educar consumidores e funcionários sobre as melhores práticas de segurança digital.
Para se protegerem de golpes o ano todo, os métodos de autenticação e prevenção à fraude considerados mais essenciais pelas empresas consultadas no Relatório de Identidade Digital da Serasa Experian são: análise de documentos (49%), verificação cadastral (36%), análise de score das empresas (28%) e biometria facial (30%).
Conte com as soluções de prevenção à fraude da Serasa Experian!
Você sabia que todas essas soluções citadas anteriormente fazem parte do portfólio de prevenção a fraudes da Serasa Experian? Sim! Somos a primeira e maior Datatech do Brasil e temos o compromisso de proteger toda a sua jornada de interação digital com os clientes.
Nosso portfólio inclui soluções de risco de dispositivos, cadastro KYC, biometria facial e verificação de documentos que, combinadas à maior base de dados da América Latina, detectam comportamentos suspeitos e previnem fraudes, ao mesmo tempo que proporcionam ao usuário legítimo uma experiência sem fricção, viabilizando negócios de forma simples.
Apenas no último ano, a Serasa Experian preveniu cerca de 10 milhões de tentativas de fraudes e protegeu mais de 2,2 bilhões de transações comerciais. Então, o que está esperando para fazer parte deste número? Acesse nossa página de soluções e solicite o contato de um de nossos especialistas agora mesmo. Te esperamos!