Os crimes de roubo de dados sensíveis e pessoais são uma preocupação constante no dia a dia da população. Prova disso é o fraudômetro da Serasa Experian, que registrou, de janeiro a outubro de 2024, 7 milhões de tentativas de fraude de identidade no Brasil.
Em outras palavras, se cada tentativa de fraude correspondesse a uma vítima diferente, o número de pessoas afetadas poderia encher cerca de 100 Maracanãs.
Já mencionamos várias vezes que, quando o assunto é prevenção à fraude, não existe uma “bala de prata”, pois muitos fatores estão envolvidos, e cada negócio vai pedir uma solução (ou combinação de soluções) diferente. A boa notícia é que os métodos de identificação, investigação e prevenção estão em constante desenvolvimento e aprimoramento. Quer saber como? Então, continue conosco!
Neste conteúdo você vai ver
O que é e como geralmente funciona a fraude de identidade?
A fraude de identidade vai muito além do roubo de dados: ela se refere ao uso indevido de informações privadas e sensíveis para realizar ações fraudulentas em nome de outra pessoa ou empresa. Essas ações podem variar desde a abertura de contas bancárias, solicitação de crédito, operações financeiras em larga escala até a venda desses dados na Dark Web.
O impacto pode ser devastador para empresas de todos os portes. Uma única violação pode gerar não apenas prejuízos financeiros, mas também danos irreversíveis à reputação.
Em muitos casos, o verdadeiro dono da identidade só descobre que foi alvo de um golpe ao lidar com os impactos arrasadores. Afinal, à medida que as empresas operam cada vez no ambiente digital, os fraudadores aproveitam as brechas tecnológicas para aplicar golpes como:
- Fraude financeira: pagamento de boleto falso ou PIX;
- Phishing: comunicação fraudulenta que aparenta ser de uma fonte confiável;
- Uso de cartões de crédito por terceiros ou cartões falsificados;
- Invasão de contas: contas de redes sociais ou de bancos roubadas;
- Vazamentos de dados: exposição de dados pessoais na internet;
- Fraude de identidade e fraude sintética
- Uso de imagens faciais simulando movimento (deepfake).
Nesse cenário digital, os crimes de identidade se multiplicam ainda mais. Por isso, é essencial que as organizações implementem políticas robustas de prevenção à fraude, apoiando-se em tecnologias inovadoras para proteger tanto seus clientes quanto seus próprios ativos.
Tipos de roubo de identidade: phishing, movimento lateral e mais
Os tipos de roubo de identidade mais comuns se dividem em 4 categorias: roubo de dados por furto ou engenharia social, fraude sintética, injection e autofraude. No YouTube, temos um vídeo no qual explicamos em detalhes cada um deles. Confira abaixo:
Dentro dessas categorias, os crimes que mais se destacam são phishing, movimento lateral, roubo de credenciais, roubo de identidade, invasão de conta, conexão remota maliciosa e fraude de cartão de crédito. Continue a leitura e entenda melhor nos próximos tópicos!
Phishing
Uma das formas mais conhecidas de fraude de identidade, o phishing ocorre quando criminosos se passam por uma entidade confiável — como um banco ou uma instituição governamental — para enganar a vítima e obter informações pessoais.
Isso geralmente é feito por e-mail, mensagens de texto ou até chamadas telefônicas, por meio de um link ou anexo fraudulento que pode levar o usuário a uma página falsa, onde ele insere dados como senhas ou números de cartão de crédito. Por isso, as empresas devem adotar soluções de monitoramento e treinamento de funcionários para reconhecer essas ameaças, além de contar com tecnologias de proteção, como filtros de e-mail avançados.
Movimento lateral
Nesse tipo de fraude de identidade, após invadir um sistema corporativo, o fraudador não busca imediatamente seus objetivos principais. Ele "navega" lateralmente dentro da rede, explorando contas, acessos e dados até alcançar sistemas mais sensíveis e vulneráveis.
Uma vez no ambiente, os invasores podem comprometer credenciais, manipular dados financeiros ou até mesmo criar uma brecha para ataques futuros. Para prevenir isso, as empresas precisam implementar a autenticação multifatorial (MFA) e segmentar suas redes, garantindo que os invasores não possam acessar facilmente áreas críticas.
Roubo de credenciais
Nesse cenário, os criminosos conseguem acessar senhas e dados de login de usuários, muitas vezes por meio de ataques de força bruta, nos quais programas automatizados testam combinações de senhas repetidamente.
Outra forma comum é o uso de vazamentos de dados anteriores, em que listas de credenciais roubadas são reutilizadas em diversos serviços. Uma vez que o invasor tem acesso à conta, ele pode realizar transações fraudulentas, transferir fundos ou roubar mais informações sensíveis.
Por isso, segurança e prevenção a fraudes já são prioridades para a maioria dos grandes players do mercado, uma vez que a preocupação abrange tanto prejuízos financeiros quanto reputacionais. No Relatório de Fraude e Identidade da Serasa Experian, 65% das empresas de maior porte entrevistadas declaram que “estão investindo mais” em prevenção à fraude, e 35% dessa parcela declara “investir muito mais”.
Roubo de identidade
Nesse tipo de fraude, os criminosos obtêm informações pessoais suficientes para se passar completamente por outra pessoa. Isso pode incluir o uso de números de CPF ou CNPJ, dados bancários, nomes completos e endereços. Essas informações são usadas para abrir contas bancárias, solicitar empréstimos ou fazer compras em nome da vítima.
Esse tipo de ataque pode ser devastador para empresas, especialmente quando funcionários têm seus dados expostos, levando à perda de acesso a sistemas corporativos ou manipulação de contratos. Soluções antifraude, como as da Serasa Experian, podem ajudar a detectar rapidamente o uso indevido de dados, alertar a empresa e evitar maiores danos. Conheça mais em nossa página de soluções!
Invasão de conta (Account Takeover)
Esse tipo de fraude envolve o acesso e controle total sobre uma conta legítima, como uma conta bancária, um perfil de e-commerce ou até mesmo uma conta corporativa. O invasor, uma vez dentro da conta, pode alterar senhas, realizar transações ou obter ainda mais informações confidenciais.
A invasão de conta é uma das fraudes mais prejudiciais, pois frequentemente passa despercebida até que o criminoso tenha causado grandes prejuízos. No entanto, é possível mitigar esse risco adotando soluções de monitoramento contínuo de comportamento, que detectam atividades incomuns nas contas, como acessos de localizações não usuais ou mudanças abruptas nos padrões de uso.
Conexão remota maliciosa
Aqui, os criminosos utilizam softwares de acesso remoto para controlar computadores de vítimas, geralmente se passando por técnicos de suporte ou representantes de empresas. A vítima é convencida a instalar um software ou clicar em um link que concede ao fraudador controle remoto sobre sua máquina. Uma vez estabelecido o acesso, o invasor pode roubar dados, instalar malware ou realizar transações fraudulentas.
Para prevenir esse tipo de ataque, é indispensável que as empresas eduquem seus colaboradores sobre a importância de nunca conceder acesso remoto sem verificação rigorosa, além de garantir que ferramentas de acesso remoto estejam devidamente protegidas por autenticação multifatorial forte e criptografia.
Caio Rocha, Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, reforça essa ideia: "as empresas devem investir continuamente em fluxos de proteção mais robustos, além de educar consumidores e funcionários sobre as melhores práticas de segurança digital.” Afinal, os criminosos estão cada vez mais sofisticados, explorando vulnerabilidades em sistemas, redes e aplicativos.
Fraude de cartão de crédito
Essa fraude de identidade ocorre quando criminosos obtêm detalhes de cartões de crédito para fazer compras em nome da vítima, sem o seu consentimento. Os dados do cartão podem ser obtidos por meio de phishing, esquemas de clonagem física (como em terminais de pagamento adulterados), ou através da interceptação de informações em sites não seguros.
Empresas que lidam com transações financeiras, como e-commerces, precisam investir em sistemas de autenticação robustos, como 3D Secure, biometria facial, KYC, listas PEP e documentoscopia, além de monitorar ativamente comportamentos suspeitos em compras online.
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Por que a prevenção à fraude de identidade é tão importante?
Como já mencionamos, a prevenção à fraude não é apenas proteger dados e transações. Trata-se de assegurar a confiança entre a empresa e seus clientes. Quando a segurança falha, o impacto afeta diretamente a imagem da marca e a capacidade de manter clientes satisfeitos.
Segundo o Relatório de Identidade Digital e Fraude da Serasa Experian, 86% dos entrevistados acreditam que as empresas devem adotar medidas rigorosas de segurança para protegê-los, e 71% estão preocupados com o risco de roubo de identidade online.
Mais preocupante ainda é o fato de que 42% dessas pessoas afirmaram já ter sido vítimas de fraudes, com uma perda financeira média de R$ 2.288. Os golpes mais comuns envolvem o uso indevido de cartões de crédito, falsificação de boletos ou transações via PIX.
No ambiente empresarial, esses números também são um alerta. Com o aumento das transações digitais, as oportunidades para fraudadores se multiplicam. Um incidente isolado de fraude pode acarretar milhões de reais em prejuízos, além de processos judiciais e perda de clientes. Nesse sentido, o Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, discorre que:
“Essa alta no número de vítimas e a visibilidade de fraudes na mídia contribuem para esta percepção de insegurança. Por isso, as empresas devem investir continuamente em fluxos de proteção mais robustos, além de educar consumidores e funcionários sobre as melhores práticas de segurança digital.”
É imperativo que as instituições reforcem o compromisso com a proteção dos dados e transações de seus clientes, não apenas para evitar perdas, mas também para trazer receita com a vinda de novos usuários e fidelizar clientes já existentes em suas carteiras.
Afinal, com a quantidade de transações e interações digitais crescendo a cada ano, os fraudadores ganham mais oportunidades para realizar ataques, desde phishing até fraudes de identidade e roubo de contas.
Como identificar o risco de fraude em sua empresa?
Imagine que sua empresa está funcionando normalmente quando, de repente, um funcionário do setor financeiro recebe uma notificação inesperada de uma grande transação em uma conta corporativa. A princípio, parece um erro bancário, mas, ao investigar, descobre-se que a transferência foi legítima, ou melhor, feita por alguém que obteve acesso à conta de forma fraudulenta.
Esse é apenas um dos muitos cenários em que fraudes passam despercebidas até causarem danos significativos. E a maior dificuldade que as empresas enfrentam é justamente detectar esses sinais antes que o estrago seja grande. Embora nem sempre sejam óbvios, os riscos costumam apresentar alguns sinais de alerta que não devem ser ignorados:
- Movimentações fora do padrão, como grandes saques ou transferências frequentes. Uma única transferência internacional não autorizada pode ser o primeiro passo de um esquema maior de fraude.
- Notificações de cobranças por dívidas que a empresa não reconhece. Imagine receber uma correspondência indicando um empréstimo solicitado em nome da empresa, mas que nenhum funcionário se lembra de ter pedido. Isso pode significar que dados importantes foram usados indevidamente por terceiros!
- Uma empresa com todas as suas finanças em dia que, de repente, começa a ter pedidos de crédito rejeitados. Isso não deveria acontecer, certo? A recusa pode ser um sinal de que algo está errado com a identidade financeira do CNPJ da empresa no mercado — alguém pode ter comprometido suas informações e afetado sua reputação de crédito.
- Ao tentar enviar uma declaração fiscal, o sistema rejeita o arquivo, alegando que já foi submetido. Esse é um sinal de que os dados da empresa foram usados para fraudes fiscais, algo muito comum em grandes organizações, onde o volume de transações fiscais é significativo.
Como fazer a prevenção à fraude do seu negócio? Confira 6 dicas!
Para empresas que buscam uma proteção robusta, técnicas avançadas de prevenção à fraude são essenciais. Com a crescente sofisticação dos ataques, é necessário combinar múltiplas camadas de defesa, integrando tecnologias inovadoras e processos ágeis.
- Autenticação multifatorial (MFA): esse método combina diferentes formas de verificação, como biometria (impressões digitais ou reconhecimento facial), dispositivos secundários (como tokens ou smartphones) e OTPs. Ao exigirem múltiplas etapas de autenticação, as empresas dificultam significativamente o acesso de fraudadores, mesmo que eles consigam obter uma das credenciais;
- Redes privadas virtuais (VPN): o uso de VPNs garante que as comunicações e transações online sejam criptografadas, dificultando a interceptação de dados por criminosos. Empresas que operam em diversos locais ou permitem que seus funcionários trabalhem remotamente podem usar VPNs para garantir que todos os acessos à rede corporativa estejam protegidos;
- Congelamento de crédito: bloquear temporariamente o acesso ao crédito da empresa pode ser uma forma eficaz de impedir que fraudadores abram contas fraudulentas em seu nome. Em caso de suspeita de uso indevido dos dados, as empresas podem solicitar o congelamento temporário de sua pontuação de crédito, evitando que novos créditos sejam solicitados até que a situação seja resolvida;
- Gerenciador de senhas: garante que todas as credenciais da empresa sejam armazenadas de forma segura e que senhas fortes sejam utilizadas em todos os sistemas. Esses gerenciadores podem gerar automaticamente senhas complexas, difíceis de serem decifradas, e armazená-las em um cofre criptografado acessível apenas por meios de MFA.
- Soluções de autenticação e prevenção à fraude de identidade: tecnologias que combinam aprendizado de máquina, IA e análise comportamental para detectar padrões fora do comum e bloquear atividades suspeitas antes que causem danos.
Dica bônus: para ajudar as empresas a encontrarem o método ideal, temos um vídeo exclusivo no YouTube da série "a gente sabe quem é quem" no qual explicamos a tríade de prevenção à fraude: experiência do usuário, segurança do processo e controle de custos. Confira aqui!
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Aqui, oferecemos soluções de prevenção à fraude que se integram de forma eficiente aos sistemas corporativos, proporcionando uma defesa robusta alinhada às exigências legais, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e as regulamentações contra crimes financeiros, como a lavagem de dinheiro.
Nosso portfólio é o mais completo do mercado e inclui soluções de Cadastro | KYC, inteligência de dispositivos, biometria facial e validação de documentos. Com elas, você orquestra informações de ponta a ponta e protege a sua empresa da ação dos fraudadores, assegurando uma jornada de autenticação contínua.
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