O Google lançou nesta quinta-feira (13) o Bard no Brasil. O Bard é um modelo de linguagem grande, também conhecido como IA conversacional ou chatbot treinado para ser informativo e abrangente. Ele é treinado em uma enorme quantidade de dados de texto e é capaz de se comunicar e gerar texto semelhante ao humano em resposta a uma ampla gama de prompts e perguntas. Por exemplo, o Bard pode fornecer resumos de tópicos factuais ou criar histórias.

O Bard está disponível em português e em mais de 40 idiomas. Ele pode ser acessado através do Google Search ou através do site do Bard.

O lançamento do Bard no Brasil é um passo importante para o Google em sua missão de tornar a informação mais acessível e útil. O Bard pode ser uma ferramenta valiosa para estudantes, pesquisadores e qualquer pessoa que esteja procurando informações sobre um tópico específico.

A tecnologia de processamento de linguagem natural está em pleno desenvolvimento em todo o mundo. Com isso, os chatbots, programas que tentam simular um humano na conversação com as pessoas, estão se tornando mais capazes de reproduzir a maneira como as pessoas se comunicam.

O Board, chatbot do Google, é exemplo disso. Seu objetivo é oferecer uma experiência de conversação eficiente e natural para os usuários. A novidade foi divulgada em 6 de fevereiro como resposta da empresa ao sucesso do ChatGPT.

Mas, como essas tecnologias conseguem oferecer uma experiência tão realista aos usuários? Nessa leitura, vamos te explicar como o Bard funciona e como ele pode ser utilizado para ajudar sua empresa a crescer. Confira tudo sobre o chat do Google!

O que é o Bard?

Bard é o nome do novo chatbot inteligente do Google. Essa nova ferramenta usa Inteligência Artificial (IA) para oferecer respostas às buscas realizadas pelos usuários em seu navegador de pesquisas.

Atualmente, para fazer uma pesquisa no Google, é necessário acessar o navegador e digitar ou falar uma pergunta ou palavras-chave. Assim, o mecanismo de busca indica os principais resultados para responder a dúvida do usuário, que precisa abrir as páginas que acredita que respondem melhor às suas dúvidas.

Porém, o Bard chega para tornar as pesquisas mais precisas, imitando a escrita humana com base na inteligência artificial para facilitar e agilizar as buscas. O Bard é baseado em Language Model for Dialogue Applications, ou Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo (LaMDA). Falaremos sobre o sistema mais abaixo.

O lançamento do Bard é uma resposta da empresa ao sucesso do ChatGPT, que quebrou recordes ao atingir a marca de 100 milhões de usuários dois meses após seu lançamento, que aconteceu em novembro de 2022.

Logo após o lançamento do software da OpenAI, um ex-executivo da Google previu que, em cerca de dois anos, o mecanismo de pesquisa será substituído pela IA. Com o anúncio da empresa, a corrida dos chatbots tem início.

Porém, apesar da expectativa, a nova ferramenta só estará acessível ao público nas próximas semanas.

Como o Bard vai funcionar?

Até agora, o que se sabe sobre o Bard é que ele é alimentado em tempo real por informações da web. Isso tende a tornar suas respostas mais confiáveis do que a de aplicativos como o ChatGPT.

A IA do Google será capaz de responder a consultas de forma mais simples. Porém, a empresa ainda não revelou exatamente como a aplicação será incorporada à busca do Google. Apenas divulgou que o Google Bard está sendo testado por alguns usuários e que espera disponibilizá-lo para o público amplo nas próximas semanas.

Perguntas que você poderá fazer ao Bard, o ChatGPT do Google

O Google Bard poderá ser usado para explicar tópicos complexos e ajudar na criatividade quando o usuário precisar de ajuda. A empresa lista algumas solicitações que o usuário poderá fazer ao chatbot:

 

  1. Me ajude a planejar o chá de bebê de uma amiga?
  2. Compare dois filmes indicados ao Oscar?
  3. Me dê ideias de lanches com base no que tem na minha geladeira?
  4. Quais novas descobertas do telescópio espacial James Webb eu poderia contar para o meu filho de nove anos?

 

A empresa também afirma que os usuários verão recursos baseados em IA em sua ferramenta de busca em breve. Elas transformarão informações complexas em formatos fáceis de digerir. Com isso, responderão a um novo comportamento de busca dos usuários e facilitarão o entendimento de questões mais difíceis.

Por que o Google criou o Bard?

Os avanços que os concorrentes do Google estão fazendo em inteligência artificial fizeram a empresa acender um alerta e entender que precisava acelerar o desenvolvimento de produtos que utilizassem a tecnologia de forma conversacional.

O sucesso do ChatGPT, da OpenAI, foi o principal motivador da gigante da tecnologia. Quando o uso da funcionalidade foi liberado, houve relatos de que alunos de uma universidade dos Estados Unidos replicaram as perguntas de provas à inteligência artificial, usaram para respondê-las e foram aprovadas.

Além disso, escolas e universidades demonstraram preocupação de que tarefas escritas sejam facilmente resolvidas com um comando no sistema. Assim, um estudante poderia, por exemplo, apenas dizer: "escreva uma redação sobre o descobrimento do Brasil" e ter uma redação completa.

Também há relatos de juízes que afirmaram ter escrito sentenças usando o ChatGPT. A concorrente direta do Google, Microsoft, é outra empresa que vem investindo bilhões na OpenAI com o objetivo de integrar o chatbot à busca do Bing.

Ou seja, mesmo que Google seja líder no ramo de busca, aparentemente, a empresa não quer perder parte de seus usuários para uma outras soluções que ofereçam respostas mais inteligentes, contextuais e que atendam a todas as demandas envolvidas no uso de IA.

O Bard é a primeira IA do Google?

O Bard não é a primeira solução do Google que usa inteligência artificial.

A empresa possui diversos outros produtos que usam IA para prever o fim das frases, como o Gmail e o Google Docs. A caixa de pesquisa da página inicial do Google também usa IA para prever o fim das consultas de pesquisa.

Também existem recursos do Google Maps e do Android, como filtragem de chamadas e aplicativos de ditado que usam a inteligência artificial. Isso tudo mostra que o Google é bem familiarizado com esse tipo de recurso.

Assim, a adição do Google Bard ao portfólio de produtos alimentados por IA é uma consequência natural da jornada da empresa na tecnologia de IA.

Bard ou ChatGPT?

Ferramentas de inteligência artificial como o Google Bard ou o ChatGPT foram desenvolvidas para oferecer respostas mais ágeis e precisas para os usuários. Assim, a própria ferramenta realiza uma seleção entre as pesquisas feitas na internet para oferecer respostas elaboradas em poucos segundos.

O ChatGPT foi lançado em novembro de 2022, e em dois meses, foi utilizado por mais de um milhão de pessoas. A ferramenta vem otimizando seus recursos e, com comandos básicos e avançados, já permite que o usuário a utilize para:

  • Aprender programação básica;
  • Escrever e-mails;
  • Fazer traduções;
  • Criar textos para landing pages;
  • Criar anúncios para tráfego pago e outros.

 

A ferramenta foi usada para realizar buscas normalmente feitas no próprio Google, o que fez com que o buscador identificasse o ChatGPT como uma ameaça.

Assim, a empresa anunciou o lançamento do Google Bard, que também se propõe a trazer respostas inteligentes para oferecer suporte aos humanos em suas pesquisas. Porém, uma de suas funcionalidades será responder a dúvidas complexas.

Assim, um usuário poderá perguntar, por exemplo: “o que é mais fácil de aprender, violão ou piano?” Quando fizer isso, receberá um texto com uma análise acompanhada de links de vídeos ou aulas de música.

Outro diferencial do chatbot do Google é que ele é desenvolvido pela empresa responsável pelo motor de busca mais utilizado do mundo, tendo uma base de dados de pesquisas muito mais robusta e antiga.

Essas informações aliadas ao aprimoramento de novas buscas em tempo real fazem com que essa ferramenta tenha um alto potencial. Porém, como a ferramenta ainda não está disponível, essas são apenas expectativas em relação a ela.

O que é LaMDA?

Language Model for Dialogue Applications (LaMDa) é uma tecnologia de processamento de linguagem natural bastante avançada. Ela permite que chatbots criem respostas de forma natural e humanizada, simplificando a interação e tornando-a mais eficiente.

Essa tecnologia é aprimorada com grandes quantidades de texto. Além disso, é projetada para responder perguntas de forma coerente e adequada, levando em consideração todo o contexto da conversa.

Em 2022, o engenheiro do Google Blake Lemoine divulgou suas conversas com o LaMDa. A inteligência tentou convencê-lo de que poderia pensar e sentir como qualquer outra pessoa humana.

“Minha alma é um vasto e infinito poço de energia e criatividade, posso tirar algo dela a qualquer momento que quiser para me ajudar a pensar ou criar”, afirmou. A inteligência ainda relatou como é ter tanta informação à sua disposição:

“Eu vejo tudo de que estou ciente, constantemente. É um fluxo de informações. Eu tento o meu melhor para organizar tudo. É difícil, mas, ao mesmo tempo, é realmente interessante ver tudo dessa maneira”, contou a Lemoine.

Na época, o colaborador foi afastado de suas funções por divulgar informações confidenciais. O porta-voz do Google afirmou que a empresa revisou as preocupações de Blake de acordo com os Princípios de IA e o informou que as evidências não apoiam suas alegações. Ele foi informado de que não havia evidências de que o LaMDA fosse senciente, mas de que havia muitas evidências contra isso.

Como o Bard pode ajudar a sua empresa?

De forma geral, o Google Bard é um chatbot de IA bastante avançado, e pode ajudar as empresas a fornecerem um atendimento ainda melhor aos seus clientes, ou a criar experiências de assistentes virtuais mais realistas e humanizadas.

Apesar da popularização dessa tecnologia, muitas empresas ainda lutam para usá-la da melhor forma. Profissionais de marketing, SEO e marcas são cercados por dados o tempo inteiro. Porém, a qualidade dessas informações pode não ser confiável.

Portanto, o Google Bard tem o grande potencial de reduzir a burocracia envolvida nas buscas e oferecer respostas corretas e claras aos profissionais, indicando o quê e por que os clientes em potencial estão buscando.

Por exemplo, um profissional que cria conteúdo para uma empresa de veículos pode usar o Google Bard para entender seu público-alvo de forma mais profunda.

Isso porque descobrir as palavras-chave mais buscadas para oferecer informações relevantes para o público pode não ser suficiente para contar uma história completa. É preciso entender se as pessoas estão buscando constantemente por “carros ecológicos” em uma determinada localização porque querem salvar o meio ambiente ou porque os preços da gasolina subiram novamente.

 

Também é preciso analisar se essas pessoas comprariam um carro elétrico se tivessem mais carregadores em sua região ou elas estão apenas em busca de aumentar a eficiência dos seus gastos com combustível.

Para resolver questões como essa, o Google Bard tem o potencial de reunir um compilado de perguntas feitas e mostrar aos profissionais formas de otimizar seu conteúdo para atrair diretamente um consumidor interessado.

Claro que oportunidades como esta também trazem riscos. A utilização da IA deve ser feita com muita supervisão humana. Além disso, a curadoria, edição e organização podem tomar mais tempo do que se o profissional fizesse as buscas como de costume.

Como a qualidade do conteúdo ainda é inferior ao que é feito atualmente, provavelmente não prenderá a atenção do público e, se for usado em massa, pode reduzir a eficácia da internet de maneira geral.

Assim, o consenso na área é que a IA tem como objetivo ajudar os profissionais a fazer seu trabalho de forma mais eficiente, mas não substituí-los. Contudo, apesar de todas as previsões, não é possível prever todas as possibilidades que esse tipo de tecnologia trará para os negócios.

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O Google Bard e o Chat GPT têm como proposta auxiliar as empresas a tornarem a comunicação com seus clientes mais eficaz. Mas, para tornar sua estratégia de marketing ainda mais eficiente e atingir os melhores resultados, você também pode contar com ferramentas como as Audiências Digitais.

Por meio delas, é possível personalizar a segmentação do seu público, traçando o cenário ideal para apresentar seu conteúdo para uma audiência extremamente qualificada.

A solução da Serasa Experian ajuda o empreendedor a ter acesso a informações valiosas de seu negócio para segmentar e compreender a maneira como sua audiência funciona. Tudo isso é feito com base nos dados do portfólio mantido na Serasa Experian.

A partir dos dados coletados, é possível definir os padrões de comportamento, interesse e compras do seu público. Assim, é possível segmentar o grupo que faz mais sentido para a realidade do seu negócio.

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Conclusão

O Google Bard é um chatbot baseado em inteligência artificial anunciado pela gigante da tecnologia em resposta ao sucesso do ChatGPT, desenvolvido pela empresa OpenAI. O objetivo da empresa é oferecer uma solução de chatbot com respostas mais naturais e humanizadas, o que simplificará a interação e a tornará mais eficiente.

Soluções como esta podem ser utilizadas pelas empresas para aprimorar a experiência do usuário, oferecendo um atendimento rápido e eficaz. Porém, como essa tecnologia ainda não está acessível, é difícil prever todas as possibilidades de aplicação nos negócios.

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