Sabe aqueles clientes que não quitam suas dívidas até a data de vencimento e acabam ficando inadimplentes? Independentemente do momento econômico do Brasil, é muito comum que você se depare com inúmeros tipos de devedores e saber como definir o risco de inadimplência pode ser a solução para evitar esse tipo de situação.
Quanto maior for o número de clientes devedores na empresa, mais instável será o fluxo de caixa. Isso tem como consequências a baixa potencialidade de investimentos no crescimento do negócio ou, até mesmo, a possibilidade da sua operação se tornar devedora de fornecedores e colaboradores.
Por isso, é primordial para uma empresa conhecer a fundo todo o conceito de inadimplência e como definir o risco de um cliente, com estratégias que vão desde desenvolver a abordagem para maus pagadores até criar meios para solidificar o relacionamento com quem entende que pagar em dia é benéfico também à empresa credora, potencializando a rentabilidade.
Quer saber mais sobre como podemos ajudar você? Prossiga com a leitura deste artigo e entenda o que é a inadimplência, qual é a importância de analisar esse cenário e descobrir os riscos de um cliente atrasar os pagamentos para evitar prejuízos!
Neste conteúdo você vai ver
O que é risco de inadimplência?
O risco de inadimplência nada mais é do que a ameaça iminente de que um cliente não cumpra as obrigações financeiras que contraiu com uma empresa, seja por atrasos no pagamento, problemas no balanço patrimonial e internos, ou, então, simplesmente por ser um mau pagador.
Além disso, o risco também faz com que sua companhia dispensa um grande tempo para fazer cobranças, o que consequentemente, desgasta a relação entre as duas partes, além de impactar diretamente o fluxo de caixa e desenvolver a baixa previsibilidade de faturamento.
O Brasil é um dos países que mais sofrem com esse problema, ocasionado principalmente pelo cenário econômico volátil, com má distribuição de riquezas e renda, altas taxas de juros e pessoas sem trabalho.
Em tempos de crise e inflação elevadas, a tendência é que esses números aumentem ainda mais, e por isso, é extremamente importante entender todos os aspectos que envolvem esses momentos críticos.
A Serasa Experian, por exemplo, traz estudos mensais sobre o cenário econômico de empresas, com informações atualizadas pela primeira e maior Datatech do país sobre desemprego, taxas de juros, câmbio, inflação, inadimplência, demanda de crédito e mais.
Para demonstrar, no Boletim Econômico de dezembro de 2023 apontou que a taxa de consumidores inadimplentes é de 71,8 milhões de pessoas.
Já entre as empresas, o total é de 6,7 milhões, um aumento em relação ao mês anterior, que era de 6,6 milhões. Neste cenário de alta, as micro e pequenas empresas alcançaram um número 3,5% maior que o registrado em setembro de 2022, somando 5,85 milhões de PMEs em situação de inadimplência.
Agora deu para perceber a dimensão que ela tem tomado, né? Por isso, destacamos ainda mais a necessidade de conhecer a fundo a saúde financeira do nosso país e saber definir com eficiência a inadimplência dos clientes que fazem parte da sua carteira, além de adotar outras estratégias para mitigar riscos financeiros, regulatórios, operacionais e mais.
Apesar de ser um trabalho não tão fácil, você pode seguir algumas dicas úteis, como as que vamos trazer no decorrer do texto. Além disso, pode se aliar a ferramentas tecnológicas automatizadas que diminuem exponencialmente todo o trabalho de coleta e análise de dados. Continue a leitura e confira!
Como definir o risco de inadimplência?
Para definir o risco de inadimplência dos seus clientes, fornecedores ou parceiros comerciais, você pode adotar algumas ações relativamente simples, como:
- Fazer análises de crédito periódicas;
- Desenvolver planejamentos bem estruturados e uma boa gestão de carteira de clientes;
- Criar promoções de vendas e ofertas de pagamentos personalizadas, que contribuirão para a redução da taxa de inadimplentes;
- Fazer pagamentos a prazo e sempre optar por recebimentos à vista.
Além das ações que citamos acima, ainda separamos 5 dicas para que você consiga avaliar os riscos de inadimplência dos seus clientes, fornecedores e parceiros comerciais e melhorar o dia a dia do seu negócio com a diminuição desse índice. Vamos lá?
1. Faça uma análise prévia de crédito
O primeiro passo para fazer suas vendas com segurança e desenvolver seu empreendimento com o mínimo de riscos de inadimplência possível é fazendo análises de crédito constantes.
No entanto, para que esse exame seja desenvolvido de forma eficiente, a tecnologia deve estar presente nos processos para cruzar dados cadastrais e identificar qual a pontuação dos consumidores sobre compras e pagamentos já feitos, por exemplo, com base no Score de Crédito.
Com essa ferramenta, você consegue identificar o histórico de dívidas pendentes e a probabilidade de o consumidor ficar inadimplente nos próximos 6 meses, garantindo maior embasamento nas tomadas de decisão.
Por que o Serasa Score é tão assertivo? Ele analisa dados positivos, que indicam o histórico de pagamentos de contas de telefone, internet, cartão de crédito e outras contas. Essas informações são processadas pela inteligência analítica e apresentam uma pontuação de 0 a 1.000, simplificando a análise de crédito.
Assim, pode criar negociações precisas e bem direcionadas, reduzir a possibilidade de que imprevistos financeiros aconteçam, definir valores mínimos de compra, as taxas de juros aplicadas e até um prazo de pagamento parcelado, certificando a saúde dos seus negócios.
Outra possibilidade muito usada no mercado é a análise de relatórios para pessoas jurídicas. Essa ferramenta é ideal para ter um panorama macro das organizações com as quais você presente fazer um negócio. Outro ponto positivo é que se a sua empresa também faz negócios B2C, existem soluções específicas para análise de pessoas físicas.
2. Gerencie seus dados
Imagine se, ao tentar entrar em contato com um cliente para fazer uma cobrança ou enviar um alerta sobre a aproximação da data de pagamento, você descobre que os dados informados estão errados? Claramente, isso vira um pesadelo, certo?
Por esse e outros motivos envolvidos, é fundamental que você tenha uma rica base de dados atualizados periodicamente para verificar informações como endereço, telefone, e-mail e qualquer outro dado que sua empresa precise.
Aqui, a gestão de clientes se mostra essencial novamente, pois a partir do seu desenvolvimento em conjunto com outras ferramentas que organizam todas as informações cadastrais, será muito mais fácil perceber a falta de informações, analisar a saúde financeira e fazer cobranças mais assertivas para cada organização envolvida.
3. Explore diferentes formas de pagamento
Pode não ser para todos os casos, mas é interessante considerar que o cliente está inadimplente porque sua empresa não dispõe de diferentes meios de pagamento.
Se for o caso, não hesite em aumentar as opções, transitando entre parcelamento sem juros, pix, transferências, depósitos, cartão de crédito/débito e pagamento a prazo.
Assim, os indivíduos ou organizações parceiras terão uma ampla possibilidade de quitar suas dívidas, ao mesmo tempo em que seu empreendimento conseguirá controlar as entradas e saídas de recursos.
Lembre-se: quanto mais formas de pagamento você puder oferecer, as chances da sua empresa sofrer com a inadimplência são menores, ao mesmo tempo em que otimiza o seu fluxo de caixa!
4. Cobre de forma eficiente por meio de uma régua de cobrança
A régua de cobrança nada mais é do que uma sequência de etapas predefinidas, que gerenciam e acompanham todo o processo de cobrança de dívidas, estabelecendo prazos e ações específicas para cada fase do processo.
Sua implementação ajuda a definir a melhor forma de entrar em contato e informar as pendências, saber especificamente quando os contatar, o que fazer em cada caso e a forma correta de lidar com o cliente individualmente.
Além disso, com a ajuda de outras ferramentas que fazem a análise de dados e peculiaridades de cada cliente ou parceiro comercial, consegue predefinir as melhores datas para enviar lembretes, informar sobre faturas seguintes ou em atraso e disponibilizar meios para quitar os débitos.
5. Recompense bons pagadores
Uma outra forma estratégica para otimizar ainda mais a análise de crédito da sua empresa é recompensar todos os bons pagadores que sempre estão em dia com suas contas e abertos para fazer novos negócios.
Ofereça brindes, descontos especiais, programas de fidelidade, combos promocionais e outras formas de demonstrar que valoriza a relação, como até mesmo a oferta de maiores opções de crédito e produtos diferenciados com estratégias de cross-sell ou upsell.
Além disso, procure obter feedbacks constantes, que podem trazer insights valiosos para que sua empresa consiga desenvolver novas estratégias de fidelização e melhorar a gestão interna, tanto de relacionamento quanto financeira.
E lembre-se que, apesar de serem bons pagadores, sempre existirá o risco de que o perfil mude e esse cliente entre em débito, independente do motivo. Por isso, não deixe de lembrá-lo das datas de vencimento com mensagens automáticas e de monitorar continuamente os históricos de pagamento!
Quais os efeitos da inadimplência para as empresas?
Apesar de serem muitos, os efeitos da inadimplência começam com a restrição de crédito. Essa negativação desencadeia uma alta perda de credibilidade no mercado econômico, ao mesmo tempo em que diminui exponencialmente a rentabilização de clientes e polui sua imagem com os fornecedores.
Mas não fica por aí: sabe o fluxo de caixa que citamos lá no início? Pois é! A inadimplência de clientes compromete extremamente o gerenciamento financeiro da empresa. Mas como?
Quando a organização não tem um controle eficiente e organizado do que acontece com todas as entradas e saídas de recursos, as tomadas de decisões que deveriam ser baseadas em dados concretos e bem estruturados, são guiadas por incertezas e falhas.
A falta de percepção sobre clientes inadimplentes, por exemplo, cria um furo no balanço financeiro e pode defasar o capital de giro da empresa.
Assim, dependendo do momento em que se encontra, isso pode ser suficiente para que a empresa entre em débitos, comece a dever também para parceiros comerciais e desencadeie ainda mais problemas, como:
- Perda de confiabilidade e consequente dificuldade em contratar serviços essenciais para o funcionamento da organização;
- Atrasos em pagamentos de funcionários, fornecedores e outros;
- Aumento nas taxas de juros moratórios;
- Participação em falência ou recuperação judicial.
Para que todas essas desvantagens sejam eliminadas, um último passo é importantíssimo: aderir a ferramentas que medem o risco de inadimplência de todas as organizações que se envolvem com o seu empreendimento, analisando históricos de pagamentos, restrições, negativações e mudanças de perfil.
Mas e os consumidores, como ficam com a inadimplência?
Já conseguimos perceber que se o nível de inadimplência dos consumidores for muito elevado, é criado um ciclo de onerosidade, em que a incapacidade de quitar as dívidas afetam diretamente os indicadores de saúde financeira das empresas que estão envolvidas.
Mas o impacto financeiro não é extremo apenas para essas organizações. Para os consumidores, a repercussão desses efeitos traz consequências como:
- Cobranças e ações judiciais;
- Perdas e restrições de bens ou propriedades pessoais;
- Score de crédito baixo, que resulta em dificuldade em fazer empréstimos, financiamentos e abrir contas bancárias;
- Taxas de juros mais altas, devido ao maior risco percebido pelos credores;
- Corte de serviços essenciais, como água e energia;
- Dificuldade na locação de imóveis, planos de telefonia e mais.
Como as soluções da Serasa Experian podem ajudar a medir o risco de inadimplência?
Agora que entendeu como é salutar para sua empresa não ter clientes inadimplentes e que precisa de caminhos para reduzir seus riscos, você deve estar se perguntando: “mas e agora, como eu realmente coloco isso em prática?”. Bom, a Serasa Experian tem algumas soluções para ajudar!
Um pouco acima, mencionamos o poder dos relatórios para análise de CPF ou CNPJ, que possuem opções para negociações com os mais diferentes níveis de complexidade, acrescentando uma camada a mais e segurança na concessão e gestão de limites de crédito.
Outra possibilidade é a nossa ferramenta de Monitoramento de Clientes e Fornecedores, que faz um acompanhamento criterioso e sistemático dos dados do CNPJ monitorados.
Quais dados podem ser verificados? A ferramenta é 100% flexível para você definir o que é importante monitorar de acordo com a política de crédito do seu negócio, ou seja, permite criar alertas personalizados combinando tipo de informação, quantidade e valores. A cada mudança nas informações pré-definidas, é enviado um aviso automático.
Essas notificações em tempo real vêm de alterações de informações como:
- Inclusão de dívidas vencidas negativadas;
- Protestos;
- Cheques sem fundos;
- Ações judiciais;
- Solicitações de falência e recuperação judicial;
- Alterações cadastrais.
Esses alertas trazem visibilidade do risco de inadimplência para que sua empresa se antecipe a essa ameaça e tome as ações certas, mitigando prejuízos que possam comprometer a rentabilidade e a saúde financeira. Ainda,
Caso o CNPJ tenha melhorado o perfil de crédito, sua empresa fica sabendo antes dos concorrentes e, de acordo com o cenário encontrado, visualizar oportunidades para impulsionar seus negócios, como optar pela oferta de novas propostas de crédito ou formas de pagamento.
Viu como saber reduzir o risco de inadimplência de um cliente é crucial para que você mantenha sua empresa funcionando da melhor forma? Afinal, devedores causam desperdício de tempo e diminuem as possibilidades de novos investimentos para o seu negócio.
Por isso, não deixe de implementar as dicas que trouxemos para que sua empresa se proteja desse tipo de cliente. Escolha bem quais deles demonstram interesse em melhorar a relação, reveja sua carteira e ofereça maiores possibilidades para os bons pagadores, através do uso de ferramentas de análise, como as da Serasa Experian.
Em nosso blog, você ainda pode encontrar muitos outros conteúdos que complementam esse, como o que dá 4 dicas para ter maior segurança ao conceder crédito. Ficou curioso? Acesse e saiba mais!