Série histórica de imagens de monitoramento mostra que cultura quadruplicou com apenas 2,9% em novos desflorestamentos
A área de soja no bioma Amazônia quadruplicou ao longo dos últimos 15 anos com 97,1% dos cultivos livre de desflorestamentos ocorridos no período. Esta é a avaliação da Agrosatélite, empresa de geotecnologia adquirida recentemente pela Serasa Experian e que utiliza imagens de satélite para gerar estudos e análises de mapeamento da região.
Com a entrada em vigor da Moratória da Soja em 22 de julho de 2008, as empresas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) e da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) se comprometeram de não adquirir soja de áreas desflorestadas visando zerar o desflorestamento associado à cadeia produtiva do grão no bioma Amazônia.
A Agrosatélite atua no monitoramento remoto da região produtora de soja no bioma analisando de modo detalhado imagens de satélites de sensoriamento remoto , apoiando as empresas associadas da ABIOVE e da ANEC na tomada de decisões sobre a comercialização da oleaginosa no bioma promovendo o equilíbrio entre a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento econômico sustentável.
“Nos últimos anos, com a maior disponibilidade de imagens de satélite de observação da Terra, houve um enorme ganho de informações extraídas dessas imagens sobre as diferentes culturas agrícolas, as regiões de cultivo e o impacto na mudança de uso da terra visando comprovar a situação ambiental de cada hectare cultivado”, explica Joel Risso, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Serasa Experian.
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Confira a evolução da soja no bioma Amazônia entre 2008 e 2022
Os dados indicam que desde o marco da Moratória (22/07/2008), a área de soja quadruplicou nos nove estados que compõem o bioma:
Dos atuais 6,60 milhões de hectares, 97,1% estão livres de desflorestamentos ocorridos no período da Moratória, quando a soja passou a ocupar majoritariamente áreas de pastagens pouco intensificadas.
Joel Risso
Diretor de Desenvolvimento de Negócios
Serasa Experian
Monitoramento via satélite é peça-chave para o agronegócio
Além de poder comprovar situações socioambientais de produtores e propriedades rurais, qualificando perfis e democratizando o acesso ao crédito por meio de soluções como o Score ESG, por exemplo, a utilização de imagens capturadas via satélite é capaz de monitorar e comprovar a eficácia de ações e marcos regulatórios de mercado, como é o caso da Moratória da Soja, ao longo do tempo.
O monitoramento da produção agrícola por meio de técnicas de sensoriamento remoto utilizando imagens de satélite, aliadas à expertise em validação ambiental de especialistas do agronegócio também tem sido essencial para fortalecer as relações de exportação do Brasil, já que os compromissos ESG viraram critérios fundamentais para o sucesso da comercialização internacional.
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