No agronegócio, decisões de crédito precisam ser baseadas em dados precisos. O mapeamento de culturas agrícolas, utilizando tecnologias como satélites, drones e sensores, oferece às empresas de crédito informações detalhadas sobre as plantações e o comportamento dos produtores.

Esse mapeamento vai além de monitorar safras, permitindo analisar o histórico de produção e prever como os produtores reagirão a mudanças climáticas, inadimplência ou infrações ambientais. Para as empresas de crédito, isso ajuda a avaliar riscos, prever a capacidade de pagamento e ajustar os critérios de concessão de crédito de maneira mais segura e estratégica.

Neste post, vamos explorar o que é o mapeamento de culturas agrícolas, como ele beneficia o agronegócio brasileiro e quais são as tecnologias que estão revolucionando esse processo. Confira!

A importância do mapeamento de culturas agrícolas no Brasil

O mapeamento agrícola é uma ferramenta importante para as empresas que atuam na concessão de crédito ao agronegócio no Brasil, um país com vasta diversidade de cultivos e grande extensão territorial, sendo grande a representatividade geográfica do cultivo de soja. Ele envolve a coleta e análise de dados espaciais das áreas agrícolas, utilizando tecnologias de ponta como satélites, sensores e drones.

Para as instituições financeiras e empresas que oferecem crédito agrícola, o mapeamento de culturas vai além do simples monitoramento de safra. Ele é indispensável para entender a evolução histórica da produção, ajudando a identificar padrões de comportamento do produtor em diferentes cenários, como variações climáticas, inadimplência e, até mesmo, infrações ambientais.

Esses dados são fundamentais para avaliar a capacidade de pagamento do produtor e os riscos associados ao financiamento ou crédito concedido.

Ao acessar informações detalhadas sobre a produtividade de áreas específicas, variações nas condições do solo e o crescimento das plantações, as empresas de crédito podem tomar decisões mais informadas e assertivas, ajustando os critérios de concessão de crédito e mitigando os riscos associados a cada operação.

Isso inclui a capacidade de prever como um produtor pode se comportar em cenários adversos, como geadas, secas ou outras situações climáticas extremas.

Esse tipo de informação permite uma análise mais precisa da maturidade do produtor em lidar com desafios financeiros e operacionais. Empresas de crédito podem, assim, avaliar se um produtor ou empresa agropecuária tem a capacidade de superar adversidades e honrar suas dívidas, garantindo que um financiamento não seja comprometido por eventos fora do controle do agricultor.

No Brasil, as principais culturas agrícolas incluem soja, milho, cana-de-açúcar, feijão e arroz. Cada uma dessas culturas desempenha um papel estratégico na economia do país. A produção de soja no mercado agrícola brasileiro é um dos principais motores da economia, destacando-se como um dos produtos agrícolas mais exportados e uma das maiores fontes de receita para os agricultores do país.

A cana-de-açúcar, por sua vez, é indispensável para a produção de etanol e açúcar, sendo uma das bases da energia renovável no Brasil. Essas culturas, além de garantirem a segurança alimentar no país, têm um impacto significativo no mercado agrícola global, colocando o Brasil como um dos principais exportadores de produtos agrícolas do mundo.

Como a agricultura e a tecnologia revolucionam o mapeamento de culturas?

A revolução tecnológica que estamos vivenciando está impactando de maneira profunda a maneira como as empresas que concedem crédito ao agronegócio avaliam e gerenciam os riscos envolvidos na operação. No Brasil e no mundo, conceitos como agricultura 4.0 e 5.0 são fundamentais para essa transformação, trazendo ferramentas inovadoras que ajudam as instituições financeiras a tomar decisões mais assertivas e estratégicas.

A agricultura 4.0 integra tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Big Data e Inteligência Artificial, enquanto as tendências mais recentes da agricultura 5.0 vão ainda mais além, utilizando IA avançada para automatizar processos e fornecer informações mais precisas e confiáveis para os credores.

Drones, satélites, sensores e mais

No contexto do crédito agrícola, tecnologias como satélites, drones e sensores têm um papel fundamental no mapeamento de culturas. Usando satélites, é possível gerar imagens detalhadas das plantações, permitindo a identificação de áreas com maior ou menor produtividade, o que pode indicar riscos de inadimplência ou dificuldades financeiras para o produtor. Além disso, é possível monitorar a saúde das plantações e identificar, por exemplo, áreas com necessidades específicas de irrigação ou nutrientes.

Os drones, equipados com câmeras multiespectrais, também têm grande utilidade para o credor, permitindo um monitoramento mais preciso das lavouras e a detecção de problemas como pragas e doenças antes que se espalhem, proporcionando mais tempo para o credor tomar decisões de mitigação de riscos.

Big Data e Inteligência Artificial para análise de dados

A combinação de Big Data e Inteligência Artificial também tem um impacto significativo. Com o uso desses dados, é possível prever com mais precisão as variações climáticas, como secas ou geadas, que podem impactar a produtividade de uma safra e, consequentemente, a capacidade de pagamento do produtor. Para as empresas de crédito, isso significa um controle maior sobre os riscos climáticos e uma gestão mais eficiente do risco de inadimplência.

Essas inovações não só contribuem para uma gestão mais eficaz dos riscos, mas também tornam o processo de concessão de crédito mais inteligente, sustentável e com um impacto ambiental reduzido. O uso dessas tecnologias permite que as empresas de crédito ajam de maneira mais estratégica, oferecendo financiamento de forma mais segura e alinhada com a realidade do agronegócio.

Benefícios práticos do mapeamento agrícola

O mapeamento agrícola proporciona uma série de benefícios tangíveis para o mercado de crédito rural. Ele permite analisar o histórico de produção de culturas como soja, milho e trigo, ajudando a entender como os produtores se comportam em diferentes cenários, como mudanças climáticas e riscos financeiros, como inadimplência.

Essas informações ajudam a prever a capacidade do produtor de superar adversidades e honrar seus compromissos financeiros. Assim, o mapeamento facilita a avaliação das práticas de gestão e sustentabilidade da propriedade, como o uso responsável dos recursos naturais e as boas práticas ESG, aspectos que influenciam diretamente na análise de risco.

Uma sugestão interessante seria incluir uma foto que mostre, na prática, como o solo aparece após o mapeamento agrícola, evidenciando as variáveis e características detectadas, como a umidade do solo ou a variabilidade de nutrientes.

Outro benefício importante é a otimização do uso de insumos. Com dados precisos, é possível reduzir desperdícios, minimizando impactos ambientais e melhorando a rentabilidade da operação.

Além disso, a integração de dados edafoclimáticos (relacionados ao solo e ao clima) com dados cadastrais e de crédito, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), permite que as empresas de crédito compreendam melhor os comportamentos dos produtores e as condições de produção de diferentes regiões. Isso pode gerar uma inteligência de mercado valiosa, ajudando a identificar regiões mais promissoras para concessão de crédito, apoiando decisões estratégicas e ampliando a atuação da empresa de maneira mais assertiva e informada.

Principais desafios no setor agrícola brasileiro

Apesar das inovações tecnológicas, o setor agrícola brasileiro enfrenta alguns desafios. O impacto das mudanças climáticas, como secas prolongadas e chuvas intensas, afeta diretamente a sazonalidade das culturas e a produtividade das plantações nos ciclos produtivos no calendário agrícola. A variação no clima torna o planejamento agrícola mais complexo, o que exige cada vez mais o uso de tecnologias para prever e amenizar os efeitos climáticos.

Outro desafio significativo é o uso excessivo de insumos químicos, que, além de aumentar os custos de produção, pode comprometer a saúde do solo e a biodiversidade. Nesse cenário, a transição para práticas mais sustentáveis e o uso de tecnologias que otimizam o uso de recursos são indispensáveis para garantir a longevidade e a saúde do setor agrícola.

Além disso, a variação nos preços das commodities, como soja e milho, gera instabilidade econômica. Para as empresas de crédito, isso implica maior risco de inadimplência. A diversificação e práticas inovadoras ajudam a reduzir esses riscos e são fundamentais para a segurança na concessão de crédito.

Tecnologias de mapeamento agrícola podem oferecer dados valiosos sobre as safras e o comportamento do produtor, ajudando as empresas a tomar decisões mais informadas e seguras.

Conheça as soluções da Serasa Experian voltadas para o agronegócio

A Serasa Experian oferece uma série de soluções que podem beneficiar o setor agro, ajudando empresas e cooperativas a tomarem decisões mais assertivas e sustentáveis. A análise de crédito, por exemplo, é uma ferramenta importante para avaliar a saúde financeira dos produtores, facilitando o acesso a financiamentos e outras linhas de crédito.

Além disso, as ferramentas de inteligência de mercado da Serasa Experian auxiliam na identificação de tendências e oportunidades agrícolas, permitindo que as empresas que concedem crédito ao agro se antecipem às mudanças do mercado e façam investimentos mais assertivos.

As soluções da Serasa Experian também incluem produtos que ajudam a prever riscos climáticos e a adaptar as estratégias com base em informações de cultivo, garantindo uma gestão mais eficiente e segura.

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