Em 2018, 72% dos negócios online brasileiros admitiram aumento de prejuízos devido ao avanço de fraudes digitais em suas operações. É o que mostra o Global Identity and Fraud Report, pesquisa realizada pela Experian, que entrevistou mais de 1.000 companhias em todo o mundo. O Brasil aparece como o terceiro maior entre os apurados – atrás somente dos Estados Unidos e do Reino Unido. O Brasil ficou 17 pontos percentuais à frente da média global (55%) do levantamento realizado em 21 países que constataram aumento de perdas relacionadas a crimes virtuais no período de janeiro e dezembro do ano passado.

*APAC: Austrália, China, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Singapura, Tailândia e Vietnã.

* EMEA: África do Sul, Alemanha, Áustria, Espanha, França e Holanda/Países Baixos.

“A interação à distância é uma realidade para os negócios digitais, o que faz com que as empresas tenham que se adaptar para oferecer um ambiente seguro, capaz de eliminar riscos de fraudes e usar as informações pessoais de clientes de forma transparente e inteligente para entregar experiências online relevantes”, afirma Eduardo Castro, diretor de Decision Analytics da Serasa Experian.

Mais investimentos em segurança e transparência contra ameaças virtuais

As empresas ouvidas pela pesquisa entendem a importância de destinar mais tempo e recursos para neutralizar fraquezas que expõem seus negócios às ameaças virtuais. E reconhecem a extensão dos danos financeiros e de reputação causados por ataques virtuais:

- 69% das companhias em todo mundo e 84% das empresas entrevistadas no Brasil têm uma preocupação crescente com fraudes eletrônicas;

- Mais de 75% das empresas participantes do levantamento disseram que estão tomando medidas para cumprir com legislações e requisitos regulamentares de proteção de dados pessoais de seus clientes;

- 50% dos negócios online informaram crescimento nos orçamentos previstos para gestão de controle de fraudes;

As empresas entrevistadas também sinalizaram o crescimento dos investimentos com foco em transparência sobre o uso e a proteção de informações pessoais de clientes. A intenção das organizações é de ampliar essa destinação de recursos no decorrer do primeiro semestre de 2019:

- 51% das empresas entrevistadas globalmente e 62% das companhias brasileiras investiram mais em ações voltadas à transparência nos últimos seis meses do ano passado;

- 56% das companhias ouvidas pela pesquisa e 68% dos participantes do Brasil disseram projetar, para os primeiros seis meses deste ano, investimentos maiores destinados à transparência.

Entre as iniciativas inspiradas pela maior transparência – com o propósito de ampliar a confiança do cliente e gerar mais interações e negócios online – três atividades predominaram nos exemplos mencionados por empresários: educar consumidores sobre o uso de suas informações pessoais; adotar termos de uso mais concisos para facilitar a comunicação; e auxiliar os clientes a terem um controle efetivo de seus dados.

“O levantamento deste ano da Experian mostra como as empresas já reconhecem a segurança, a transparência e a conveniência como as bases para a consolidação de um relacionamento digital mais confiável, dinâmico e assertivo com seus clientes. Muitas organizações demonstram ir além do cumprimento de requisitos legais e regulatórios voltados à gestão de dados pessoais, para viabilizar uma inteligência de negócio cada vez mais orientada por expectativas e padrões de interação online dos consumidores”, complementa Eduardo Castro.

 

Para conferir a pesquisa na íntegra, clique aqui.