Inovação sensorial e análise de sugestões dos clientes são bases do conceito que se expande no Brasil
O conceito de experiência do usuário é um dos mais importantes para atrair e fidelizar consumidores. Difundidas nos Estados Unidos e na Europa, as ações de UX (do inglês User Experience) tornaram-se essenciais no Brasil, mas o país ainda carece de investimentos em pesquisas sobre o tema.
“As empresas brasileiras conhecem seus problemas, mas a maioria não sabe como resolvê-los nem que há profissionais especializados para isso. É necessário educá-las nesse sentido”, afirma Luis Felipe Fernandes, fundador e professor da UX Academy e UX Designer na agência de publicidade AlmapBBDO.
Segundo Ricardo Fleck, UX Designer na FatDUX, a área potencializa ideias, produtos e processos. “UX auxilia na reformulação de estratégias e a definir como será a interação e o posicionamento da marca, além de ser responsável por fixar uma boa e duradoura impressão”, diz Ricardo.
Espaços que entregam experiências relacionadas à marca são bons exemplos, como o Absolut Inn, da Absolut, que funciona como um bar próprio, a Branding Experience Store, da Nike, e a loja de sorvetes Magnum na Rua Oscar Freire, em São Paulo. “Se o ambiente virtual aguça a visão e a audição, o espaço físico estimula com infinitas possibilidades sensitivas”, ressalta Luis Felipe.
Segundo Ricardo, embora 100% determinadas pelas necessidades dos usuários, as ações de UX não seguem necessariamente suas opiniões diretas. “Com filtragem de sugestões formam-se documentos técnicos utilizados na discussão dos problemas”, comenta.
“A pesquisa com clientes deve se aprofundar no comportamento, pois somente ao entender suas necessidades é que surgem soluções simples e inovadoras”, finaliza Luis Felipe.