Por Cleber Genero*
Resiliência e desafio são palavras-chave para o ano de 2020. Mas “transformação” também faz parte do vocabulário, afinal, pudemos observar o grande avanço na área de tecnologia e no mundo virtual. Os meses que trouxeram incertezas, com isolamento social e adoção mais intensa do trabalho home office, por exemplo, destravaram um módulo de adaptação que existe em cada um de nós, criando um ambiente de profunda interação com o universo digital. Como já sinalizado por alguns especialistas, vimos em alguns meses o maior avanço tecnológico dos últimos tempos, equivalente ao que se esperava obter em, pelo menos, dez anos.
Apesar do grande impacto, especialmente financeiro, sofrido pelas micro, pequenas e médias empresas, nesse momento de transformação, elas possuem maior capacidade para potencializarem seus negócios, encontrando novas oportunidades no mercado. Nesse sentido, se munir tecnologicamente para ampliar as chances de competitividade será um diferencial e o investimento em identidade digital pode ser o primeiro passo para garantir a segurança nas transações, ganhar agilidade nos processos e reforçar credibilidade diante dos consumidores, que estão cada vez mais exigentes.
Em uma rápida avaliação, com base nos dados da Serasa Experian, observamos no acumulado de janeiro a agosto deste ano, o nascimento de 2,2 milhões de empresas no país, um recorde histórico, sendo 80% microempreendedores individuais (MEIs). Estes novos negócios e todos os outros podem contar com ferramentas digitais para reduzir custos, tornar muito mais práticos os processos remotos da Receita Federal, além de ganhar agilidade na hora de assinar documentos e contratos digitalmente.
Não posso deixar de mencionar que no meio dessa pandemia outro segmento extremamente importante para a sociedade ganhou notoriedade em todas as esferas: a área de saúde. A tecnologia aplicada para telemedicina se fez necessária e de valiosa relevância para manter os atendimentos ativos, mesmo diante das medidas de isolamento. Sem a certificação digital e a assinatura eletrônica isso não seria possível, de acordo com a regulamentação publicada em março deste ano pelo Ministério da Saúde.
Vale reforçar que todas as transações online que ocorrem por meio de certificados digitais são 100% seguras, com a garantia de que os dados estarão protegidos e ajudando a empresa a manter-se em conformidade com as regras de segurança da informação trazidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Este último ponto teve ainda mais relevância durante o período de pandemia, com a massificação de compras e serviços prestados online. Ficou evidente o quanto avançamos com a transformação digital, não é mesmo?
Para seguirmos nesse caminho de evolução, o mais importante agora é que empresas e consumidores se adequem ao uso dessas ferramentas, buscando sempre por aquilo que melhor se enquadra em cada perfil. Absorver os benefícios também é parte dessa jornada, assim como se conscientizar de que é preciso contar com parceiros sérios e comprometidos nesse processo transformador. Seja qual for o próximo desafio, sabemos que na união encontramos força para superação e inovação. A digitalização é um caminho sem volta e, se antes as ferramentas eletrônicas já tinham um importante papel no impulsionamento de negócios, agora elas são extremamente necessárias.
*Cleber Genero é vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas e Identidade Digital da Serasa Experian.