Em uma época caracterizada por um intenso movimento de expansão da transformação digital, as pequenas e médias empresas (PMEs) tiveram que se adequar à necessidade de investir em tecnologia e inovação. Em busca de fontes de inspiração e referência no assunto, muitas delas tiram excelentes lições do modelo de negócio adotado por uma startup.
Afinal, todo o sucesso alcançado em tão pouco tempo pelas startups unicórnio não poderia passar despercebido dos olhares de gestores atentos ao mercado. Rapidamente, os mais perspicazes perceberam que era possível adaptar alguns conceitos praticados por essas organizações inovadoras à realidade de gestão de pequenas e médias empresas.
Mas sabe mesmo o que define uma startup? Continue com a gente, a seguir, e fique por dentro dos principais detalhes relacionados a esse modelo de negócio!
Qual é o conceito de startup?
De maneira simplista, podemos imaginar que startup é toda empresa em seu estágio inicial. Essa, entretanto, é uma noção equivocada, pois o termo em questão envolve aspectos específicos. Ele é usado para indicar a prática de um modelo que possa ser replicável e escalável.
Além disso, startups cumprem a importante missão de promover pesquisas dedicadas à inovação disruptiva, caracterizada por ser:
- acessível — alcança um elevado volume de pessoas ao mesmo tempo;
- conveniente — proporciona saídas criativas e efetivas, capazes de impactar positivamente a vida das pessoas;
- simplificada — oferece serviços ou produtos simples, ou seja, que são rapidamente assimilados pelos próprios usuários.
Para que tudo isso saia do papel e aconteça, de fato, as startups precisam validar sua ideia por meio do chamado Proof of Concept (PoC) — “tirar a prova”, em bom português. Em outras palavras, elas necessitam mostrar aos investidores que a base do negócio realmente tem público e demanda suficientes para crescer no ritmo desejável.
Existem, ainda, outros métodos utilizados para analisar a viabilidade do negócio antes da aplicação de elevadas quantias financeiras. Nesse sentido, o MVP (Produto Mínimo Viável), por exemplo, realiza a função de testar uma versão resumida, mas funcional, da solução. Assim, é possível verificar seu desempenho a partir de investimentos reduzidos.
Quais são as diferenças entre uma empresa e uma startup?
Existem vários aspectos que diferenciam uma organização tradicional das startups. Na sequência, falamos brevemente sobre os principais deles.
Ritmo de crescimento
Enquanto empresas convencionais costumam crescer em uma cadência linear, startups exibem um ritmo de crescimento exponencial. Isso, por sua vez, significa que uma startup bem-sucedida tende a se desenvolver com uma velocidade dez vezes maior do que uma organização “comum”.
Grande parte disso é explicado, justamente, pela forte ligação das startups com o universo de inovação e tecnologia. Com processos mais eficazes e velozes, elas desenvolvem soluções que se multiplicam de maneira fluida e contínua.
Alocação de recursos financeiros
Outra distinção diz respeito ao recebimento de investimentos no negócio. No caso de uma iniciativa privada tradicional, o dinheiro advém de capital próprio e de financiamentos ou empréstimos fechados junto a instituições financeiras. Algumas vezes, é igualmente possível contar com doações de parceiros ou captadas via crowdfunding, que são aquelas vaquinhas online.
Já a infraestrutura financeira das startups é construída de um modo completamente diverso em múltiplos vieses. Além de colocar o próprio dinheiro no negócio, o fundador conta com a presença de co-fundadores, que ajudam a complementar o capital.
No meio externo, esse modelo empresarial pode receber aportes de recursos de variadas fontes. Uma delas é o investidor-anjo, que injeta dinheiro mediante o fechamento de acordos de participação nos resultados da startup.
A atuação das incubadoras e aceleradoras também é constante. As primeiras investem na infraestrutura necessária para o aperfeiçoamento da ideia do negócio. As segundas proporcionam não apenas dinheiro, mas igualmente, suporte técnico por meio de mentorias, consultorias e treinamentos.
Risco de mercado
Por fim, é inegável que o risco encarado pelas startups é maior do que aquele enfrentado pelas demais organizações. Pelo fato de concentrarem tempo e energia na elaboração de algo que transforme uma realidade vigente, o sucesso é um pouco mais incerto do que o normal.
Quais são as 5 principais características da startup?
Agora, vamos resumir algumas das características mais marcantes encontradas nas startups que estejam em sintonia com o dinamismo do meio em que estão inseridas.
1. Inovação
De olho no futuro, startups precisam investir a maior parte de suas reservas em projetos de inovação. Para conquistar o melhor resultado possível em menos tempo, elas montam times de cientistas de dados, aptos a promoverem inteligência preditiva que o negócio exige.
2. Escalabilidade
Esse tipo de empreendimento também é marcado pela sua vocação para multiplicar sua lucratividade, sem que para isso seja preciso aumentar os custos. Embora pareça mágica, há uma razão que explica esse processo, como comentamos logo abaixo.
3. Custos baixos
A escalabilidade funciona porque as startups replicam suas soluções em larga escala, o que diminui os gastos com a produção. O resultado final se traduz na geração de uma receita cada vez maior, ao passo que os custos permanecem estáveis.
4. Planejamento diferenciado
Para fazer com que os elevados investimentos se convertam em lucratividade suficiente para a realização de novos aportes, é preciso ir além do planejamento estratégico habitual. Em uma startup, existe o conceito chamado de foresight estratégico.
A ideia consiste em lançar um olhar para as próximas décadas e, a partir de então, tentar projetar cenários atrelados ao surgimento de novas demandas.
5. Incentivo à autogestão
Outra característica das startups de sucesso é a constituição de equipes de trabalho multidisciplinares. Elas são formadas por profissionais com maior poder de autonomia na tomada de decisão, o que depende do aprimoramento da autogestão de cada colaborador.
Como é formada uma startup?
O processo de surgimento de uma startup varia de um caso para outro, mas de maneira geral, contempla as seguintes etapas:
- estudo e análise aprofundada de problemas ainda não solucionados;
- definição de uma missão, visão e, principalmente, propósito;
- criação de um modelo de negócio Canvas, com o intuito de apresentar uma visão panorâmica dos elementos indispensáveis para tirar a empresa do papel;
- montagem de um time reduzido, formado por alguns dos melhores talentos do mercado em áreas estratégicas para o sucesso da empreitada;
- composição de uma base inicial de potenciais clientes, a fim de validar a ideia e testar a recepção do modelo para um grupo enxuto de pessoas;
- participação de rodadas de investimentos, como a Series Seed.
Como você viu, uma startup se diferencia bastante de um modelo corporativo convencional. Acima, exibimos apenas uma breve síntese das etapas que costumam ser aplicadas durante a criação desse tipo de empresa. Existem, ainda, outras estratégias relevantes no processo de desenvolvimento do negócio, como a gamificação.
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