Você já ouviu falar na síndrome de burnout? Termo criado pelo psicólogo Herbert J. Freudenberger, em 1974, trata-se do esgotamento total (físico e mental) depois de se passar por um grande estresse — o que geralmente acontece no âmbito do trabalho. Tal síndrome pode prejudicar bastante a vida profissional, principalmente no caso de empreendedores.
Quer descobrir como evitar e tratar esse problema? Continue a leitura e veja nossas dicas!
Como acontece o burnout - Estresse extremo?
Apesar de ser bem semelhante ao estresse, o burnout se manifesta gradativamente e dura um longo período, enquanto o estresse é originado por situações específicas e não dura muito tempo. O burnout costuma ocorrer quando o estresse diário excessivo, aliado a fatores como poucas horas de sono, alimentação desregulada e uma dieta desequilibrada, começa a causar o esgotamento.
Muita gente pensa que trabalhar por conta própria e não ter chefe é tranquilo. Na prática, porém, a verdade é que muitos dos empreendedores trabalham demais e descansam pouco. É bem comum encontrar aqueles que quase não tiram férias e trabalham inclusive aos finais de semana e feriados. Quando há um descanso, o celular e o notebook estão sempre por perto, para conferir e-mails, mensagens e checar se está tudo sob controle.
Existe ainda a sensação de fracasso e culpa quando algo que foi planejado não funciona como deveria. Esses profissionais dificilmente têm alguém para recompensá-los e reconhecer seu trabalho árduo, sentindo-se constantemente pressionados.
Em conjunto, todos esses fatores funcionam como propulsores que podem levar o profissional direto ao burnout.
Como identificar os sinais?
A boa notícia é que o corpo dá muito sinais até chegar ao limite, resultando no burnout. Conhecer esses sintomas permite que você identifique o esgotamento antes do ápice, facilitando a busca por alternativas para evitar que o pior aconteça.
Algumas pessoas chegam a procurar um hospital e fazer diversos exames, mas não conseguem detectar o que há de errado. Antes que a crise atinja sua fase mais aguda, é importante observar as manifestações físicas e psicológicas que são avisos do corpo de que o limite está se aproximando. Os mais comuns são:
- perda de concentração;
- problemas de memória;
- irritabilidade;
- mudanças frequentes de humor;
- isolamento social;
- pessimismo;
- perda do apetite;
- insônia;
- tremores e palpitações;
- dores de cabeça;
- dores musculares;
- problemas de pele e de cabelo;
- vida sexual insatisfatória;
- redução de produtividade;
- problemas digestivos.
Como você pode perceber, esses sintomas são facilmente ignorados e aliviados com medicamentos comuns. O detalhe é que isso não resolve o problema, apenas fazendo com que a pessoa aguente a situação por mais tempo até o fatídico dia em que a crise se acentua, proporcionando o surto.
De acordo com Freudenberger e seu colega de estudo Gail North, o burnout engloba 12 fases. Você vai conhecê-las a seguir, mas deve saber que não estão na ordem cronológica e não necessariamente um indivíduo passa por todas elas, ok? São:
- compulsão por autoafirmação: estágio em que o profissional quer mostrar a todos sua capacidade e exige reconhecimento;
- trabalho em excesso: é importante trabalhar muito para se tornar insubstituível;
- negligência de outras necessidades: como o trabalho é o foco, o lazer, o sono, a alimentação e a socialização não são prioridades;
- fuga de conflitos: o profissional sabe que algo não está indo muito bem, mas foge do assunto para não precisar resolver o problema;
- valores revistos: se antes a família e os amigos eram importantes, agora são deixados de lado por conta do trabalho;
- pouco contato social: mesmo em reuniões, é difícil o profissional interagir com os outros; há também a falta de empatia e sensibilidade, além da tendência em culpar outros pelos erros que surgem;
- isolamento: é comum a pessoa com síndrome de burnout se isolar de todos;
- alterações comportamentais: falta de humor e intolerância a brincadeiras;
- despersonalização: para evitar diálogos, a pessoa tende a preferir conversas mais curtas, diretas e preferencialmente por meio de e-mails e outros intermediadores;
- sensação de vazio: existe uma sensação de vazio e desgaste que tende a ser preenchida com atitudes compulsivas, seja por meio de medicamentos, alimentos ou álcool;
- depressão: nem todos os que têm síndrome de burnout são depressivos, mas esse também é um sintoma que pode levar à indiferença, falta de esperança e exaustão;
- esgotamento: na fase final de esgotamento, o indivíduo pode ter crises de violência, colapsos mentais e pode até chegar a tentar o suicídio.
Como estressse pode atrapalhar o empreendedor?
Se os defeitos são devastadores para quem tem um emprego estável, imagine para um empreendedor! Como esse profissional é o maior responsável pelo sucesso do seu negócio, a exaustão, o cansaço e os demais sintomas podem atrapalhar (e muito) seus objetivos.
Uma das características da síndrome é fazer com que a pessoa não se sinta capaz, não tenha motivação para realizar as atividades do trabalho. Nesse cenário, o empreendedor pode perder oportunidades valiosas simplesmente por achar que não consegue dar conta.
Como evitar o burnout - estresse?
Como o tratamento da síndrome de burnout não é tão rápido, vale mais a pena desacelerar e trabalhar com tranquilidade do que se empenhar ao máximo e acabar chegando a esse nível de esgotamento. Para facilitar a tarefa, separamos algumas dicas que podem ajudar a evitar esse fim. Confira!
Limite seus horários de trabalho
Nada de se denominar um workaholic ou dizer que ama o que faz e, por isso, não é trabalho demais realizar tarefas após o expediente. Se você é um empreendedor e não tem horário para começar e terminar a jornada, saiba que o erro já começa aí. Se você tem um horário, mas não o segue, trate de começar a segui-lo ou as consequências eventualmente virão.
Estabeleça objetivos possíveis
Na vida de um empreendedor, as realizações são fruto de seu trabalho e da sua motivação. Por isso, muitos acabam colocando objetivos difíceis de serem alcançados rapidamente, o que pode gerar frustração. É importante compreender que é sim possível sonhar alto, contanto que valorize cada degrau alcançado e se comprometa apenas com o que é possível.
Procure equilibrar a vida profissional e pessoal
Além de determinar horários para trabalhar, o empreendedor também precisa contar com períodos de descanso mais longos, em que seja possível esquecer completamente do trabalho e focar em atividades prazerosas. Assista a filmes, leia livros, faça passeios com a família ou com os amigos, pratique um hobby... Basicamente, corra atrás de bem-estar e relaxamento.
Cuide do corpo e da mente
Praticar atividades físicas, alimentar-se adequadamente e nas horas certas, dormir a quantidade necessária de horas para descansar: esses são pontos essenciais. E caso perceba que não está conseguindo lidar com problemas emocionais sozinhos, busque ajuda! Não encare essas necessidades como luxos quando, na verdade, são elas que o prepararão para realizar um bom trabalho.
Recompense a si mesmo
Se você é seu próprio chefe, quem é que dará parabéns quando alcançar um objetivo? Em compensação, você pode fazer isso por si mesmo! Quando obtiver uma conquista grande, comemore em grande estilo. Celebre até mesmo vitórias simples, como o término de um projeto importante ou de uma lista de tarefas. Assim, sua motivação vai às alturas, preparando-o para o caminho ainda por vir.
Tudo isso é capaz de aliviar a tensão do dia a dia, evitando que você chegue ao burnout. Então trate de colocar nossas dicas em prática o quanto antes!
E aí, gostou do nosso post? Já pensou que muitos colegas seus também podem estar precisando ler essas dicas? Compartilhe o conteúdo com seus amigos nas redes sociais!
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