O Business Model Canvas ou modelo de negócio é um diagrama que aborda 9 tópicos que representam os principais pontos que devem ser considerados ao começar uma empresa ou replanejar os rumos do negócio.
Diferente do planejamento estratégico, que estabelece as diretrizes dos processos e as premissas que orientam todas as ações da empresa, o Business Model Canvas permite uma visualização mais simples da estratégia por meio desse “quadro de desenho”.
Essa ferramenta pode ser utilizada tanto para dar início em um empreendimento como também para criar melhorias em empresas já existentes. Outro fator relevante é que o diagrama pode sofrer alterações ao longo dos anos, um processo vital para acompanhar as mudanças do mercado e buscar melhorias contínuas.
Quer entender mais sobre o modelo de negócios canvas? Continue a leitura e descubra todos os elementos do diagrama para aplicar na sua empresa e simplificar a visualização estratégica!
O que é o Business Model Canvas?
Esse modelo foi criado por Alex Osterwalder, um suíço que se aprofundou nos estudos para sua tese de doutorado com pesquisas com mais de 200 empresários de diversos lugares. O BMC surgiu em 2004 e conquistou rapidamente a aprovação global, incluindo de empresas como o Google, Spotify e Amazon.
Com uma abordagem concisa para a prototipagem de um modelo de negócio por meio de um diagrama que se divide em nove pontos principais de um empreendimento, oferecendo uma maneira eficaz de visualizar e planejar um negócio de forma simplificada.
Com a facilidade do Business Model Canvas, ele se torna uma ferramenta valiosa para uma empresa, fazendo com que as atividades na organização sejam funcionais e dinâmicas. Além de auxiliar o alinhamento da equipe e a comunicação. Portanto, o BMC é indispensável e valioso para a gestão de empresas.
Quando utilizar o Lean Canvas?
O Lean Canvas deve ser utilizado principalmente para negócios em fase inicial, que passam por testes de validação. Desta forma, é realizado a ideação e a organização dos planejamentos, etapa essencial para o início de uma empresa. Nele, o empreendedor coloca as principais ideias do seu novo negócio.
Em 2010 o BMC passou por modificações pela Ash Maurya, tornando-se outro modelo, o Lean Canva. A autora explica em seu livro “Comece sua startup enxuta: aprenda aplicar a metodologia Lean em seu (novo) negócio”.
Esse modelo representa uma extensão do Business Model Canvas, com foco na praticidade e objetividade, ou seja, concentra-se nas soluções para novos negócios, visando diminuir os riscos de novas empresas.
Quais são os 9 elementos do canvas?
O modelo Business Model Canvas, propõe essa ideia de uma tabela dividida em 9 partes onde o objetivo é simplificar o entendimento, planejamento e traçar estratégias eficazes para a empresa. Com foco assertivo no seu público e na dor da empresa. Esse quadro se baseia na ideia de 4 pilares: o que (oferta), como (infraestrutura), quem (cliente) e quanto (finanças).
Desta forma, a empresa consegue ter uma visão mais clara e objetiva do seu negócio, descobrir se seus valores estão alinhados e atendendo as dores do seu público, entender como está o seu local de vendas e melhorar a comunicação externa. São diversos pontos de melhoria ao fazer essa tabela, veja:
1. Segmento de Clientes
Na primeira etapa, a empresa deve compreender a sua segmentação de clientes, ou seja, para quem deseja vender. Toda a estratégia deve ser direcionada a esse público-alvo, visando atender às necessidades desse grupo.
A proposta de valor deve ser cuidadosamente planejada e ajustada para atender essa segmentação de clientes. É crucial que a empresa se questione sobre por que os consumidores escolheriam seu produto ou serviço em vez da concorrência.
Segmentar os clientes é fundamental para a empresa alcançar clareza em seus objetivos, reduzir a taxa de rejeição e melhorar o retorno financeiro, concentrando seus esforços na abordagem ao público certo.
2. Proposta de Valor
A proposta de valor é pautada na diferenciação que a empresa terá dos concorrentes, fazendo com que o público opte por ela. Além disso, ela está ligada ao valor entregue ao cliente por meio do produto ou serviço, e é fundamental que essa proposta atenda, satisfaça e resolva as necessidades e desejos dos clientes.
Os diferenciais devem ser destacados de forma objetiva, clara, transparente e criativa para os consumidores poderem enxergar isso, tornando-se uma vantagem para a empresa. Uma proposta de valor bem definida pode conferir à organização uma vantagem competitiva significativa no mercado.
Ela tem que abordar como o seu produto irá atender as necessidades e problemas dos clientes, quais os benefícios o público espera receber, a proposta de valor visa entender o porquê o consumidor irá escolher sua empresa ao invés da concorrência.
Para ser eficaz, a proposta de valor deve:
- Ser interessante e satisfatória para os clientes;
- Deve ser clara, objetiva, transparente e criativa;
- Utilizar uma linguagem adequada ao público-alvo, tornando a abordagem e comunicação mais naturais e próximas.
3. Canais
O Canal é onde a empresa se comunica e onde ela vende e distribui seus produtos ou serviços. Os canais também podem se diferenciar por canais diretos ou indiretos, ou seja, o direto é onde a própria empresa vende seus itens o e indireto é outro que vende pela empresa, como distribuidores.
Os canais também se diferenciam por físicos, online, atacado, varejo e outros. Destacam-se aquelas que conseguem um menor caminho de compra de produtos para o cliente.
4. Relacionamento
No Business Model Canvas é essencial estabelecer como será a comunicação e o desenvolvimento do relacionamento com os clientes. Isso envolve definir o tom de voz a ser usado no atendimento, os elementos que tornam o relacionamento com os consumidores especial e saber como as interações ocorrerão.
É importante abordar como o atendimento ao cliente, a comunicação e a troca de informações desempenham um papel significativo nas estratégias de diferenciação. Quando os clientes são bem atendidos, eles tendem a escolher uma empresa que valoriza essa relação em vez de uma que não o faz. Essa regra vale tanto para interações online quanto presenciais.
Além disso, também podemos citar os autoatendimentos, que também é uma forma que algumas empresas optam, mas esse atendimento deve garantir um bom funcionamento, como totens práticos e simples, que atendem o cliente em suas necessidades.
Ser bem atendido em um lugar faz o cliente optar pelo local e não em um que é feito de qualquer jeito. Isso pode ser tanto no online, quanto no presencial. O relacionamento com o cliente tem um impacto direto na experiência do cliente e pode influenciar se um cliente se torna fiel à marca.
5. Fontes de Renda
Esse quinto bloco é onde será determinado como os clientes pagaram pelos serviços e benefícios concedidos pela empresa. A fonte de receita pode partir além das vendas comuns, como aluguel, assinatura, licenciamento, leilão e outros. Será também onde a empresa obterá os lucros.
6. Recursos-Chave
Os recursos-chave referem-se aos equipamentos necessários para realizar as atividades principais e desenvolver os produtos ou serviços da empresa. Eles abrangem tudo o que a organização precisa para crescer. Nesse ponto, também é importante limitar as matérias realmente necessárias para o negócio.
Os recursos principais podem incluir equipamentos, máquinas, instalações, veículos, infraestrutura e outros necessários para um bom funcionamento da empresa. Também pode abranger recursos não-físicos, como direitos autorais, registro de marca e patente, conhecimentos técnicos, tudo que seja uma vantagem competitiva e que também se faz necessário para atuação.
Além disso, podemos pontuar os recursos que se referem a uma equipe de funcionários, como atendimento ao cliente, especialistas no assunto da empresa, RH e outros.
Todos esses recursos, auxiliam na proposta de valor, o que garante que os clientes construam a imagem com base do que a empresa gostaria de passar para eles, oferecendo os valores e objetivos.
7. Atividades-Chave
Nosso bloco da atividade-chave está ligado ao que a empresa oferece aos clientes, gerando a entrega de valor. Nesse processo, a empresa se dedica a desenvolver os planejamentos estratégicos personalizados para seu público, com atividades-chave que estão relacionadas a realizar ações específicas que atendem as necessidades e solucionam os problemas.
Essa atividade-chave inclui a área da produção, prestação de serviços e tarefas administrativas. É essencial para desempenhar a realização da proposta de valor da empresa e entregar os serviços que atendam as expectativas.
Para complementar os recursos-chave, as atividades-chave se concentram nas tarefas críticas que a empresa precisa realizar de maneira contínua para garantir o funcionamento adequado do negócio.
8. Parcerias-Chave
As parcerias-chave no BMC referem-se a mão de obra terceirizada, os fornecedores. São o que a empresa em si não produz, portanto, conta com empresas parceiras que auxiliam na entrega de oferta de valor.
Desta forma, eles são essenciais para que o produto final seja desenvolvido. Qualquer item, tarefa e material que venha de outro negócio, se fazendo necessário para a empresa, deve constar na lista de parceiros, pois também garante o melhor funcionamento.
9. Estrutura de Custos
O último bloco do modelo Business Model Canvas destaca os principais gastos que uma empresa enfrenta ao investir em atividades internas e externas. Esses gastos vêm de diversas áreas, mas são necessários para o funcionamento da empresa.
Esses custos estão relacionados ao bloco de parcerias e recursos-chave. Além disso, gastos comuns também são incluídos para calcular o total desse investimento, como:
- Equipamentos;
- Aluguel;
- Despesas com serviços públicos, como luz e água;
- Internet;
- Folha de pagamento;
- Custo de transportes.
A estrutura de custo é fundamental para a compreensão do impacto financeiro gerado com toda a infraestrutura, atividades e recursos. Calcular os gastos totais ajudam a garantir uma mente informada para as outras despesas de investimento.
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