Se você já precisou declarar o Imposto de Renda, certamente já ouviu falar no informe de rendimentos, certo? Mas, afinal, o que é esse documento e por que ele é tão importante? É sobre isso que viemos falar no texto de hoje!
O informe de rendimentos nada mais é do que um resumo dos seus ganhos ao longo do ano. Pense nele como um “extrato anual” que mostra tudo o que você recebeu de salário, investimentos, aposentadoria, pensões, entre outros rendimentos.
A função desse documento é simples, mas essencial: ajudar você a declarar corretamente o seu Imposto de Renda. É como se ele fosse seu guia, indicando os valores que você precisa incluir na sua declaração. Ficou curioso e quer saber como declarar o informe de rendimentos para Imposto de Renda? Continue com a gente!
O que é o informe de rendimentos?
O informe de rendimentos é um documento que reúne tudo o que você ganhou ao longo do ano. Salários, aposentadorias, pensões, investimentos, aluguel... tudo isso aparece nessa declaração, que é emitida por quem te paga: empresas, bancos, corretoras de valores e outras instituições financeiras.
Ela é essencial, pois te ajuda a preencher sua declaração do Imposto de Renda corretamente, sem deixar nenhum rendimento de fora. E você sabe que errar ou esquecer algo na declaração pode trazer problemas, não sabe? Se os valores declarados não baterem com o que a Receita Federal espera (ou seja, com o que está no informe), pode rolar fiscalização, multa ou até a famosa "malha fina". Ou seja, é melhor prevenir.
Na prática, o informe de rendimentos garante que todos os números estejam lá, organizados e precisos, para que você não tenha surpresas depois. Ah, e ele serve tanto para quem é pessoa física — para você declarar o IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física) — quanto para empresas, que usam o documento na declaração de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ).
Para que serve o informe de rendimentos para Imposto de Renda?
A principal função do informe de rendimentos para Imposto de Renda é garantir que os rendimentos tributáveis (como salários e pró-labore) e os não tributáveis (como rendimentos de poupança) sejam informados corretamente. Isso inclui tudo: salários, investimentos, aposentadorias, aluguéis e outros tipos de rendimento que você possa ter recebido ao longo do ano.
Mas por que ele é tão importante? Simples: a Receita Federal usa esse documento para cruzar os dados que foram informados por quem te pagou — seja seu empregador, banco ou outra instituição financeira — com o que você declara. Se houver qualquer divergência, o Fisco pode te chamar para prestar esclarecimentos e isso pode gerar problemas, como cair na malha fina.
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Além de tudo isso, o informe de rendimentos facilita sua vida. Com todas as informações detalhadas em um único lugar, fica muito mais fácil preencher a declaração do Imposto de Renda de forma rápida e sem erros. Ele te dá a segurança de que você está declarando tudo o que recebeu e ajuda a evitar qualquer surpresa desagradável com a Receita.
Quem precisa emitir e fornecer o informe de rendimentos?
Saber quem precisa declarar o Imposto de Renda é uma dúvida comum, ainda mais como conseguir o seu informe de rendimentos. Se você é empregado, a empresa para a qual trabalha é responsável por emitir o documento. Ele é entregue a todos os funcionários que receberam salários, bônus, participação nos lucros ou qualquer outro tipo de remuneração durante o ano.
O informe de rendimentos para IR é essencial para garantir que você declare seus ganhos de forma correta e que as deduções previstas, como as contribuições ao INSS ou ao FGTS, estejam devidamente contabilizadas.
Já os bancos e corretoras de valores também têm a obrigação de emitir o informe de rendimentos para quem é correntista ou investidor. Isso inclui os rendimentos obtidos com contas poupanças, investimentos em renda fixa, dividendos de ações e outros ganhos financeiros. Se você tem aplicações financeiras, é essencial ter esse documento para não errar na hora de declarar os rendimentos.
Outras instituições também precisam fornecer o informe de rendimentos. Planos de previdência privada, seguradoras que pagam pensões e até empresas que fazem pagamentos de aluguéis estão incluídos nessa lista. Se você recebe pagamentos de qualquer uma dessas fontes, deve ficar atento ao prazo para receber o informe.
Falando em prazo, é importante lembrar que as empresas e instituições financeiras têm até o último dia útil de fevereiro para te enviar o informe de rendimentos. Caso elas não cumpram esse prazo, podem ser penalizadas com multas. Por isso, se você perceber que o documento está demorando, vale a pena entrar em contato com quem te deve essa informação e solicitar o envio o mais rápido possível.
Como consultar o informe de rendimentos?
Hoje, a maioria dos bancos, corretoras e empresas permite que você acesse o documento diretamente online, seja pelo celular ou computador. No entanto, o processo pode ser diferente para diferentes classes de pessoas e organizações. Trabalhadores registrados, por exemplo, podem receber o informe de rendimento por meio de sistemas internos.
Já clientes de IFs têm disponível o documento no internet banking do próprio banco, em sessões específicas como "relatórios anuais". Já os investidores também consultam pelo site ou aplicativo da própria corretora. Entenda melhor abaixo!
Clientes de bancos e instituições financeiras
Se você é cliente de algum banco, o caminho é simples: a maioria das instituições financeiras disponibiliza o informe no internet banking ou no aplicativo. Basta acessar a seção de "Imposto de Renda" ou "Relatórios Anuais". Com poucos cliques, você pode acessar e baixar o documento em PDF. Se preferir, também pode buscar o informe diretamente na agência bancária — é só solicitar.
Trabalhadores sob o regime CLT
Para quem trabalha registrado (sob regime CLT), muitas empresas oferecem o informe de rendimentos por meio de portais internos, como sistemas de folha de pagamento ou de recursos humanos. Normalmente, basta acessar o sistema com suas credenciais e o documento estará lá, disponível para você.
Investidores em corretoras de valores
Se você investe em corretoras de valores também pode consultar o informe de rendimentos pelo site ou aplicativo da corretora. Muitas plataformas facilitam o acesso ao documento em formato PDF, pronto para ser utilizado no preenchimento da declaração.
Leia também: como declarar investimentos no Imposto de Renda?
Servidores públicos
Agora, se você é servidor público, o processo pode variar dependendo do órgão em que trabalha. Para servidores federais, por exemplo, o informe de rendimentos geralmente pode ser consultado no sistema Siape ou em outros portais específicos do governo.
A dica aqui é: consulte seu informe de rendimentos com antecedência. Assim, você evita qualquer correria ou problema de última hora na hora de declarar o Imposto de Renda. E se você perceber que o documento não está disponível ou houver algum erro, entre em contato com a instituição responsável o mais rápido possível. Resolver isso com antecedência evita dores de cabeça depois!
O que fazer se não receber o informe de rendimentos?
Se você não recebeu o informe de rendimentos até o fim de fevereiro, que é o prazo legal para a entrega, não se desespere. Embora a emissão desse documento seja uma obrigação de empregadores, bancos e outras instituições financeiras, pode acontecer de ele não chegar a tempo. E aí, o que fazer?
O primeiro passo é entrar em contato diretamente com a empresa, banco ou corretora que deveria te fornecer o informe de rendimentos. Na maioria dos casos, basta uma solicitação por telefone, e-mail ou até pelo aplicativo da instituição. Muitas vezes, o documento já está disponível em sistemas internos, mas ainda não foi enviado. Então, vale a pena conferir.
Se você trabalha em uma empresa, vá direto ao setor de recursos humanos ou contabilidade. Eles são responsáveis pela emissão do documento e podem resolver isso para você rapidamente. Se a empresa usa um sistema de folha de pagamento online, o informe de rendimentos pode estar lá disponível para download e você nem sabia!
No caso dos bancos e corretoras, a solicitação pode ser feita pelo atendimento ao cliente. Alguns bancos até permitem que você reenvie o documento direto pelo internet banking ou aplicativo, tornando o processo bem mais simples e rápido.
Agora, se mesmo após esse contato o informe de rendimentos não for enviado dentro de um prazo razoável, você pode registrar uma reclamação formal junto à Receita Federal. Empresas e instituições financeiras são obrigadas a emitir o informe dentro do prazo estipulado, e a falha no cumprimento dessa obrigação pode resultar em multas para elas.
E se o prazo para enviar sua declaração já estiver apertado e o informe ainda não chegou? Uma alternativa é usar os dados que você já tem, como contracheques ou extratos bancários, para preencher a declaração. Mas, assim que o informe oficial for recebido, não esqueça de corrigir sua declaração enviando uma versão retificadora. Isso vai te ajudar a evitar problemas com a Receita Federal no futuro.
Resumindo: se não receber o informe de rendimentos, aja rápido! Entre em contato com quem deveria te enviar o documento e, se necessário, use as informações que tem para declarar temporariamente. O importante é não perder o prazo da declaração.
Quais dados estão no informe de rendimentos?
Os principais dados que você encontrará no informe de rendimentos são os tributáveis, as contribuições previdenciárias, os rendimentos isentos e os não tributáveis, aqueles sujeitos à tributação exclusiva, despesas com plano de saúde e valores de IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte). Confira:
- Rendimentos tributáveis: aqui ficam registrados todos os valores que estão sujeitos à tributação, como salários, pró-labore (se você é empresário), aposentadorias, pensões, aluguéis e outros ganhos. Eles devem ser declarados na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica" da sua declaração do Imposto de Renda. Se você recebeu qualquer valor desse tipo, ele precisa aparecer aqui;
- Contribuições previdenciárias: valores pagos ao INSS durante o ano são fundamentais para reduzir o valor do imposto a ser pago, já que elas podem ser usadas como deduções permitidas pela Receita Federal. Em alguns casos, essas deduções podem até aumentar o valor da restituição que você vai receber;
- Rendimentos isentos e não tributáveis: rendimentos que não estão sujeitos à tributação, como ganhos de poupança, dividendos de ações e algumas indenizações trabalhistas. Embora não sejam tributados, eles ainda precisam ser informados na declaração, porque a Receita exige o reporte de todos os rendimentos, mesmo os isentos;
- Rendimentos sujeitos à tributação exclusiva/definitiva: rendimentos que já tiveram a tributação retida diretamente na fonte, como os ganhos de aplicações financeiras em renda fixa ou investimentos que já pagaram o imposto na fonte. Eles não entram no cálculo do imposto que você vai pagar ou restituir, mas precisam ser declarados para o Fisco;
- Despesas com plano de saúde e outros benefícios: como planos de saúde ou outros gastos médicos. Essas informações podem ser bem úteis na hora de declarar suas despesas médicas e aproveitar as deduções permitidas pela Receita Federal, o que pode diminuir o imposto que você terá de pagar;
- Valores de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF): geralmente, ele se aplica a salários, bônus e rendimentos financeiros. O valor do IRRF retido será considerado no cálculo final, determinando se você terá imposto a pagar ou a restituir.
Cada um desses dados deve ser inserido com cuidado na sua declaração de Imposto de Renda. E aqui vai um conselho: verifique se os valores que você está declarando batem exatamente com os números no informe de rendimentos.
Qualquer divergência pode gerar problemas com a Receita Federal e ninguém quer lidar com isso, não é mesmo? Por isso, sempre revise tudo antes de enviar a sua declaração anual!
Qual o prazo para enviar o informe de rendimentos à Receita Federal?
Segundo a legislação (IN RFB nº 2.060/21), empregadores, bancos e corretoras têm até o último dia útil de fevereiro para disponibilizar o informe de rendimentos aos seus clientes, correntistas e colaboradores. Este prazo é importante porque os contribuintes precisam desse documento para preencher e enviar sua declaração de Imposto de Renda à Receita Federal.
Para os contribuintes, o prazo final para envio da declaração de Imposto de Renda costuma ser o último dia útil de abril. É fundamental que a declaração seja feita dentro desse prazo para evitar multas e juros. Aqueles que não entregarem a declaração no prazo estão sujeitos a uma multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a 20% do valor do imposto devido.
Como usar o informe de rendimentos para preencher a declaração de IR?
Entender como usar o informe de rendimentos é essencial para evitar erros e problemas com a Receita Federal. Por isso, criamos um passo a passo para te ajudar a utilizá-lo da forma correta. Você irá precisar:
- Reunir todos os informes de rendimentos que tiver;
- Preencher a ficha de rendimentos tributáveis;
- Declarar as deduções como INSS, despesas médicas, etc.;
- Preencher a ficha dos rendimentos isentos e não tributáveis;
- Incluir os rendimentos sujeitos à tributação exclusiva/definitiva;
- Adicionar o valor do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF);
- Revisar todas as informações;
- Enviar o informe de rendimentos e acompanhar a situação.
1. Reúna todos os informes de rendimentos
Antes de começar a preencher sua declaração, certifique-se de ter todos os informes de rendimentos em mãos. Se você teve mais de um emprego, recebeu rendimentos de investimentos ou possui outras fontes de renda, precisará dos informes emitidos por cada uma das fontes (empresas, bancos, corretoras, etc.). Isso é importante para evitar deixar de declarar algum valor, o que poderia causar problemas com a Receita Federal.
2. Preencha os rendimentos tributáveis
Com o informe de rendimentos em mãos, acesse a ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica" no programa da Receita Federal. É lá que você vai incluir valores como salários, pró-labore, aposentadorias e pensões que constam no seu informe. Tenha bastante atenção para que os valores inseridos coincidam exatamente com os do documento. Aqui também entram outros ganhos, como bônus ou participação nos lucros.
3. Declare as deduções
Um dos benefícios do informe de rendimentos é que ele já traz as deduções permitidas por lei, como as contribuições ao INSS, previdência privada e, em alguns casos, despesas médicas pagas por meio da empresa. Essas deduções são fundamentais para reduzir a base de cálculo do imposto devido. Elas devem ser declaradas na ficha "Contribuição Previdenciária Oficial" ou na ficha de despesas médicas, por exemplo.
Se você tem outras deduções que não constam no informe, como despesas com saúde ou educação, não se preocupe. Elas também podem ser incluídas na declaração, desde que você tenha os comprovantes. Isso pode diminuir ainda mais o valor do imposto a pagar ou aumentar a sua restituição.
4. Preencha os rendimentos isentos e não tributáveis
O informe também vai trazer uma seção que detalha os rendimentos isentos e não tributáveis, como os rendimentos de poupança, dividendos de ações ou indenizações trabalhistas. Esses valores precisam ser declarados na ficha "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis". Embora não estejam sujeitos à tributação, é importante declará-los corretamente, pois a Receita cruza esses dados com as informações que recebe de quem te pagou.
5. Inclua os rendimentos sujeitos à tributação exclusiva
Outra parte importante do informe são os rendimentos sujeitos à tributação exclusiva/definitiva, como os ganhos de aplicações financeiras em renda fixa ou prêmios, que já tiveram o imposto descontado na fonte.
Esses valores não são recalculados na sua declaração, mas precisam ser informados corretamente na ficha "Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva". Isso ajuda a Receita a verificar que todos os valores foram devidamente tributados e declarados.
6. Verifique o Imposto de Renda retido na fonte (IRRF)
Outro dado essencial que consta no seu informe de rendimentos é o valor do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Esse é o imposto que já foi descontado diretamente dos seus rendimentos, como salários e bônus, ao longo do ano.
Ele deve ser incluído na ficha "Imposto Retido na Fonte" do programa da Receita. Esse valor será subtraído do total do imposto devido e, em muitos casos, pode resultar em restituição. Por isso, certifique-se de que os valores estão corretos.
7. Revise todas as informações
Depois de preencher sua declaração com base no informe de rendimentos, revisar tudo é essencial. Verifique se todos os dados inseridos no programa correspondem exatamente aos números do informe de rendimentos e se todas as fontes pagadoras foram incluídas. Um erro ou omissão pode resultar em problemas no futuro, como a necessidade de enviar uma declaração retificadora ou, pior, cair na malha fina.
8. Envie a declaração e acompanhe a situação
Depois de revisar, basta enviar sua declaração pelo programa da Receita Federal. Mas o processo não termina aí! É possível acompanhar o andamento da sua declaração, verificar se há pendências ou erros que precisam ser corrigidos. Esse acompanhamento é importante para garantir que tudo correu bem.
Chegamos ao final desse conteúdo e temos a certeza de que, com tudo que aprendeu aqui, você garantirá que a sua declaração seja feita de forma precisa e dentro das normas, evitando complicações. Seguir cada um desses passos ajuda a evitar erros comuns e a aproveitar ao máximo as deduções e benefícios disponíveis.
E lembre-se de que a organização é a chave para uma declaração tranquila, ok? Se quiser saber mais sobre assuntos que envolvem IR, inclusive o Imposto de Renda MEI, não deixe de ficar ligado em nosso blog e assinar nossa newsletter. Nos vemos em breve!