Por mais que sua equipe tome cuidados, é possível ser vítima de fraude de cartão de crédito. Com o crescimento das vendas online e o uso constante de cartões de crédito, esses riscos são ainda mais significativos.

Para proteger seu negócio, é preciso usar ferramentas adequadas para fazer a consulta ao CPF e CNPJ e adotar boas práticas. Quais são elas? Quais são os principais riscos que sua empresa corre ao ser vítima de uma fraude? Quais são os tipos de golpes aplicados? Essas são as perguntas que vamos responder neste conteúdo. Saiba mais!

As fraudes no varejo brasileiro

Uma pesquisa da Global Consumer Card Fraud mostra que o Brasil é o segundo maior país em número de fraudes com cartão de crédito. O percentual de golpes chega a 49%. Entre os motivos que levam a essa situação, o estudo destaca:

  • questão cultural;
  • redução de fraudes no varejo físico;
  • crescimento do comércio eletrônico no País.

A existência dos cartões com chip e o desbloqueio por senha trouxeram mais segurança a esse cenário. Como fica mais difícil clonar, essa fraude de cartão de crédito diminuiu. Por outro lado, os golpes no meio virtual cresceram.

Com o uso dos dados do dono do cartão, fica mais fácil aplicar golpes, inclusive de pequeno valor. Essa é, aliás, a principal abordagem dos fraudadores. O objetivo é gastar uma quantia irrisória para o negócio, para que ela não seja percebida.

A validação do cartão é feita em sites não seguros. Se der certo, outros golpes são aplicados. Boa parte dessa situação é ocasionada pelo vazamento de dados corporativos. O sistema da empresa é acessado e as informações dos clientes, divulgadas. Assim, há fraudes em documentos.

O Raio-X da Fraude 2019 ainda apontou que, de cada 45 compras feitas no ambiente online, 1 é de origem fraudulenta. Além disso, teve uma tentativa a cada 6,5 segundos, ou seja, 553 por hora no e-commerce do Brasil.

Em outras palavras, qualquer empresa de varejo está sujeita a ser vítima de fraudadores de cartão de crédito. Para a empresa, isso traz consequências significativas, especialmente para o planejamento financeiro.

Tanto é que um relatório da National Retail Federation mostrou que os varejistas dos Estados Unidos perderam 1,33% das vendas devido a roubos, furtos, erros ou fraudes. Isso representou 46,8 bilhões de dólares.

Os principais riscos das fraudes para os negócios

Ser vítima de um golpe traz vários problemas para o seu negócio. Os riscos de fraudes levam a consequências financeiras e de reputação, principalmente. Veja quais são eles e o que fazer para evitá-los. Confira!

Risco de multas

São aplicadas quando as administradoras de cartão de crédito colocam sua empresa em um programa de chargeback. Isso acontece quando um grande número de fraudes são sofridas e superam a taxa de 1% ou outras métricas pré-definidas.

As cobranças são realizadas em dólar e são aplicadas de forma progressiva. Se o problema continuar recorrente, as multas aumentam.

Recusa de vendas

É aplicada pelos bancos que não têm programas de chargebacks, mas têm uma pontuação para a reputação das lojas. Nesse caso, o score da empresa influencia a autorização da venda. Portanto, quando há muitas fraudes de cartão de crédito, a nota cai e as instituições financeiras negam o pedido.

Experiência negativa do consumidor

Sofrer muitos golpes faz sua empresa cair em descrédito perante os consumidores. Os clientes ficam com medo de terem seus dados vazados ou utilizados de forma indevida e deixam de fazer suas compras no estabelecimento físico ou virtual.

Os tipos de fraude no cartão de crédito

Existem vários tipos de golpe aplicados no varejo. As fraudes com cartão de crédito mais comuns são as que listamos abaixo. Acompanhe!

Clonagem de cartões

Diminuiu no Brasil, mas ainda é comum. Quando ocorre, geralmente, envolve skimmers, mais conhecidos como "chupa-cabras". Esses dispositivos eletrônicos pequenos são inseridos em leitores de cartões e roubam os dados dos clientes. No ambiente virtual, os dados também podem ser roubados e usados de modo indevido.

Geradores de números de cartões

São ferramentas que geram milhares de combinações numéricas até acertar uma delas. Assim, ela corresponde a um cartão de crédito válido e o fraudador faz as compras usando essa sequência.

Roubo de dados em ligações falsas

Ocorre quando criminosos entram em contato fingindo ser uma empresa ou um banco e solicita a suposta confirmação de dados sensíveis, como número do cartão de crédito e código de segurança. Com as informações, é possível comprar pela internet.

Chargeback

Refere-se à contestação da compra feita no cartão de crédito. Apesar de ser um procedimento de segurança, em vez de uma fraude, consiste em um golpe quando pessoas mal-intencionadas usam a facilidade do estorno para deixar de pagar os produtos. Além disso, podem ser aplicadas as multas já citadas, o que faz seu negócio perder ainda mais.

Troca de máquina

É relativo à adaptação de PIN PAD, ou seja, da máquina usada para efetivar as operações com uso de senha. Os dispositivos são seguros quando usam assinaturas digitais. Ainda assim, existem possibilidades de fazer mudanças técnicas para desviar os valores recebidos. Assim, o dinheiro é encaminhado para a conta dos golpistas.

A prevenção às fraudes no varejo

A prevenção de fraudes de cartão depende de alguns cuidados no processo de concessão de crédito aos clientes. As vendas a prazo precisam ser analisadas para evitar imprevistos.

Para chegar a esse patamar e garantir que seu negócio esteja protegido, vamos mostrar algumas medidas importantes. Veja!

Investimento em tecnologia

Os sistemas de automação financeira evitam golpes por permitirem a confirmação dos dados e evitarem os chargebacks. Isso acontece por meio da conciliação financeira. Com a integração dos pagamentos recebidos, fica mais fácil fazer a análise dos valores.

Outro exemplo são as ferramentas de análise de crédito. Com elas, você descobre o score do cliente, qual é seu histórico pelo Cadastro Positivo e chega à conclusão sobre o parcelamento da compra.

Análise de crédito

Os cancelamentos estão entre as principais fraudes de cartão de crédito. Por isso, é importante garantir que o cliente tenha boa reputação. Você deve usar ferramentas especializadas para essa finalidade. Elas devem abranger:

  • consulta ao histórico do consumidor;
  • verificação de anotações no órgão de proteção ao crédito;
  • análise de documentos;
  • relação entre gastos mensais e renda para saber o comprometimento;
  • conferência de status na Receita Federal, se o cliente for pessoa jurídica.

Atualização de banco de dados

O banco de dados com as informações dos clientes é essencial para garantir uma análise correta. Ele deve permanecer atualizado, porque o score do cliente muda e seu comportamento também pode ser modificado, a depender da situação pela qual passa.

Por exemplo, se ele perder o emprego, poderá ficar inadimplente. Nesse caso, mesmo que ele seja historicamente um bom pagador, é indicado evitar as vendas a prazo. Além disso, o banco de dados atualizado evita fraudes de cartão de crédito.

Em outras palavras, quando o consumidor vai fazer uma compra, você confere os dados do cartão e outros para garantir que todos eles condizem com a verdade. Dessa forma, sua empresa deixa de ser vítima e toma decisões mais acertadas.

Treinamento às equipes

Os colaboradores devem saber o que fazer para evitar fraudes no cartão de crédito. Eles são a linha de frente e precisam ter atenção. Por fim, forneça os treinamentos necessários e realize atualizações sempre que necessário. É importante que eles estejam preparados para identificar golpes e agir de maneira proativa perante o fraudador.

Todas essas dicas servem para melhorar a análise no processo de vendas e evitar qualquer fraude de cartão de crédito. A partir de agora, basta aplicar as boas práticas e contar com a tecnologia para alcançar bons resultados e não ter prejuízos.

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