Saber lidar com o dinheiro é uma habilidade necessária tanto para gerir negócios como para ter mais qualidade de vida. Assim, as finanças pessoais é uma temática importante, que deve fazer parte das ações do dia a dia para controle de gastos e planejamento financeiro.
Somente assim, é possível evitar a inadimplência e que o nome fique registrado nos órgãos de proteção ao crédito. Além disso, realizar um curso de finanças pessoais ou usar um app de controle financeiro são boas práticas que podem ajudar a ter uma melhor administração do seu dinheiro.
Neste artigo, explicaremos os principais aspectos que você deve considerar para ter uma boa gestão de finanças pessoais. Quer aprender? Então, continue a leitura deste post!
Afinal, o que são finanças pessoais?
As finanças pessoais são o conjunto de responsabilidades de um indivíduo no seu contexto pessoal ou familiar. Assim como no caso de negócios, o dinheiro de cada um deve ser gerenciado com atenção e cautela.
O estudo e a aplicação de boas práticas para o uso inteligente da sua remuneração e do seu patrimônio é chamado de gestão de finanças pessoais. Ela engloba, portanto, todas as entradas e despesas de uma pessoa no contexto familiar.
Podemos segmentar esses valores em três grupos principais:
- investimentos ou compromisso com dívidas: montantes destinados a fundos de reserva ou pagamento mensal de dívidas adquiridas;
- desejos pessoais: aquisições motivadas pelo desejo de viver experiências — como um passeio ao shopping, uma ida ao barzinho nos fins de semana etc;
- despesas essenciais: custos com moradia — como água, energia e alimentação.
Muitas vezes, pessoas que têm a mesma remuneração apresentam uma saúde financeira bem diferente uma da outra. Isso se deve à maneira como cada uma realiza a gestão das suas finanças pessoais.
Em resumo, é possível estar endividado com uma boa remuneração — ou mesmo ampliar o patrimônio sem ganhar “rios de dinheiro”. O que vai definir isso é o controle que cada indivíduo tem em relação às suas despesas.
Portanto, é necessário que todas elas sejam documentadas para construir um cronograma de planejamento financeiro. Esse é o conceito principal em torno da gestão de finanças pessoais.
Para que elas servem?
A gestão de finanças pessoais tem como objetivo principal fazer com que cada indivíduo mantenha a sua saúde financeira no verde. Isso permite que a pessoa evite contrair dívidas e também conquiste maior poder de liberação de crédito no mercado. Afinal, o seu score de crédito tende a estar alto, promovendo a percepção de ser um bom pagador.
Além disso, as finanças pessoais também podem ser usadas em caso de desequilíbrio financeiro. Na verdade, esse é o principal cenário em que alguém percebe que precisa melhorar a maneira como cuida dos seus ganhos. Assim, é feito um plano de ação para garantir o pagamento das dívidas, sem deixar de atender às obrigações das contas básicas.
Portanto, os cuidados que envolvem a gestão do seu patrimônio devem ser parte de uma rotina diária. É fundamental registrar todas as entradas e saídas, da forma que for mais prática para o seu dia a dia — o importante é garantir o registro e seguir o planejamento para cumprir com seus objetivos financeiros.
Por exemplo, suponhamos que você queira comprar um carro. No entanto, não tem a entrada — e o valor da parcela do financiamento é alta para a sua remuneração. Qual seria o melhor caminho a seguir? Com o planejamento de finanças pessoais, você pesquisa alternativas de crédito para adquirir o bem que quer, dentro das suas condições — um exemplo prático é o consórcio de automóveis.
Qual é a importância de controlá-las
Você tem tido dificuldades para atingir os seus objetivos e ter a vida material que sonha? Muitas vezes, o ambiente externo não vai mudar, como o aumento repentino de vendas ou da carteira de clientes. Portanto, é preciso ter uma mudança interna, na forma como se lida com o dinheiro para conquistar o que se busca.
Assim, controlar as finanças pessoais é uma decisão de pessoas que têm consciência de que elas são protagonistas — e não vítimas — das circunstâncias da vida. Portanto, é importante para que qualquer um possa entender quais são seus limites financeiros e ter uma estratégia para conquistar seus bens materiais.
É comum vermos pessoas se ancorando no valor da remuneração que recebem para deixar de ampliar o patrimônio. No entanto, isso é um equívoco quando pensamos na gestão inteligente das finanças pessoais — o que faz ela ser tão importante.
Por meio dela, você mantém o seu score positivo e:
- amplia as oportunidades de conseguir crédito no mercado;
- pode aproveitar taxas mais competitivas para contratar crédito;
- tem disposição para investir o valor em ativos financeiros seguros, evitando a desvalorização monetária.
No caso dos profissionais que são autônomos e empreendedores, as finanças pessoais são ainda mais importantes. Aqui, temos um sinal de alerta: nunca misture o dinheiro da sua empresa com as suas despesas pessoais.
Lembre-se de que são contabilidades diferentes, e a sua remuneração é o lucro que a empresa dá — devendo ser transferido da sua conta PJ (Pessoa Jurídica) para a de Pessoa Física.
Como controlar as finanças pessoais corretamente?
O próprio verbo na chamada acima já transmite bem a ideia do que você deve fazer para ter sucesso com a gestão das suas finanças pessoais: controle. Documente cada registro de recebimento e de pagamento, defina as melhores datas para pagamentos e busque ter um app de finanças pessoais.
A seguir, confira o nosso passo a passo com dicas de ações que você deve adotar para melhorar a saúde das suas finanças pessoais.
Entenda o seu cenário financeiro
O primeiro passo da gestão de finanças pessoais é entender o seu momento financeiro. Como está a saúde das suas finanças? Você está com dívidas ou não? Está conseguindo pagar seus compromissos, sem sacrificar os custos essenciais ou básicos?
Levante esses questionamentos e faça um mapeamento do que está indo bem e do que pode melhorar. É interessante definir pesos diferentes para cada item, conforme a importância dentro do seu orçamento e dos seus compromissos.
Priorize sempre as contas essenciais
A prioridade dos seus pagamentos do mês devem ser sempre as suas contas essenciais, como energia, água e alimentação. Você não pode deixar de pagá-las, já que estão relacionadas às condições básicas para ter uma vida digna.
Imagina deixar de ter os alimentos em casa para pagar uma dívida? Ou ter sua energia ou água cortadas porque priorizou o pagamento a um credor? Essa decisão não é a mais inteligente. Afinal, vai gerar problemas que podem refletir, até mesmo, na sua saúde emocional.
O ideal é sempre priorizar o pagamento das contas essenciais e, em paralelo, implementar ações para diminuir os seus custos, como racionar o uso de água, optar por lâmpadas de LED e buscar mercados com preços mais competitivos para realizar suas compras do mês.
Renegocie as dívidas com os credores
Renegociar dívidas com credores nunca é uma tarefa fácil. No entanto, evitá-los dá a entender que você não quer resolver o problema. Portanto, procure os seus credores e tente entrar em um acordo.
Aqui, vale buscar primeiro o pagamento de dívidas que estão em cartório. Afinal, elas podem se tornar processos judiciais e resultar na penhora de bens. Em seguida, busque negociar na Serasa Experian — é comum encontrar credores dando descontos para negociar online.
Caso acione seus credores e tenha dificuldades para entrar em acordo, vale a pena investir na ação de consignação de pagamento. Para tanto, você deve buscar uma instituição financeira oficial — como o Banco do Brasil e a Caixa — para realizar um depósito da dívida por meio da documentação certa.
Corte gastos supérfluos
Liste quais são as suas despesas com coisas supérfluas ou que não fazem tanta diferença assim no dia a dia. Revise as assinaturas dos seus aplicativos no celular e valide o que você tem gasto sem que haja, de fato, necessidade.
Isso não significa que você tem que deixar de viver ou mesmo de proporcionar momentos especiais para a sua família. A diferença é que esses programas devem ser planejados e feitos com um dinheiro já destinado para isso.
Defina metas para as suas finanças
O que você pretende alcançar em 6 meses, realizando a gestão das suas finanças pessoais? E em 5 ou 10 anos? Faça um planejamento de curto, médio e longo prazo, definindo o que deve ser feito diariamente para alcançar o seu objetivo.
É importante ressaltarmos que isso não significa que ajustes precisam ser feitos no decorrer do tempo. Revisite sempre o seu planejamento para entender o que está dando certo ou não, criando novos caminhos para chegar às suas metas.
Dê preferência para compras à vista
É engraçado que nós temos uma cultura de que pessoas que têm um cartão de crédito com um alto limite são pessoas com muito dinheiro. Essa é uma ilusão, afinal, quem tem dinheiro faz compras à vista. Muitas vezes, o cartão de crédito acaba se tornando um inimigo de quem não faz a gestão das finanças pessoais.
Isso acontece exatamente porque dá essa ilusão de ter dinheiro. Lembre-se: é um crédito concedido, que deve ser pago na próxima fatura. Por isso, indicamos que o cartão de crédito seja usado para compras de bens duráveis, como móveis e eletrodomésticos. Os outros tipos de bens de consumo devem ser priorizados nas compras à vista.
Habilite o DDA da sua conta bancária
Essa é uma funcionalidade que tem nos apps dos principais bancos do país. Sigla para Débito Direto Autorizado, o DDA é uma funcionalidade em que o banco identifica boletos gerados no seu CPF (Cadastro de Pessoa Física).
É importante ter esse recurso habilitado para já deixar autorizado o pagamento automático de boletos, conforme a sua personalização. Além disso, isso também ajuda a identificar possíveis golpes de criminosos usando os seus dados.
Busque diversificar as suas fontes de renda
Como dissemos acima, nem sempre a mudança que esperamos vai vir do cenário externo, mas de nós mesmos. Assim como é preciso otimizar as suas finanças pessoais, é interessante buscar maneiras para diversificar as suas fontes de renda.
Investir parte do dinheiro, ou mesmo ter uma segunda fonte de renda, são decisões interessantes. No caso de micro e pequenos empresários, o ideal é diversificar o seu portfólio de serviços, para ficar protegido das oscilações do mercado. Portanto, vale a pena estudar formas para ampliar a sua oferta de produtos e serviços, sem aumentar o seu custo de produção.
Por exemplo, se você é freelancer de conteúdo, pode aprender outras áreas do marketing que estão em ascensão, como UX (User Experience, ou Experiência do Usuário) e Tráfego Pago.
Guarde sempre um valor para fundo de reserva
Um ponto de extrema importância na educação financeira é o aprendizado de poupar. Todo mês, salve um montante para o seu fundo de reserva. Esse é um recurso para ser usado caso haja algum imprevisto. O ideal é definir 10% do seu rendimento líquido para ele.
Isso deve constar dentro do seu planejamento financeiro, incluindo a sua organização para as contas básicas e o pagamento de dívidas. No entanto, caso não seja possível a reserva de 10%, tente guardar qualquer valor que seja.
Além disso, evite guardar o dinheiro na poupança, já que ela rende menos que a inflação — ou seja, você perde dinheiro. O ideal é buscar por ativos financeiros de alta liquidez e que sejam seguros, como produtos de renda fixa. É importante pesquisar sobre o ativo antes de investir.
Para microempreendedores, principalmente, essa é uma dica que deve fazer parte do seu planejamento. Afinal, existe a sazonalidade do mercado e, mesmo diversificando as fontes de monetização, é preciso ter um fundo de reserva para situações atípicas.
O que fazer para melhorar essa gestão?
Quando pensamos em realizar a gestão de qualquer coisa que seja, é necessário sempre ter o pensamento direcionado para o que chamamos de melhoria contínua. Isso é necessário já que há diversos fatores que podem influenciar na performance da estratégia feita.
Portanto, é essencial realizar diagnósticos de rotina para implementar novas ações que vão otimizar a qualidade das suas decisões — e com as finanças pessoais, isso não é diferente.
Para ajudar você a entender como fazer isso, listamos algumas boas práticas que valem a pena serem postas em ação!
Leia conteúdos online sobre o tema
Esse passo você já está fazendo, não é verdade? Tenha uma rotina de estudos para aprofundar os seus conhecimentos sobre finanças pessoais. Isso vai ajudar a ficar por dentro das novidades de metodologias para ter uma gestão financeira de alta performance.
Faça um curso de finanças pessoais
Um curso de finanças pessoais pode ajudar a fazer esse controle de maneira mais profissional. Afinal, o conteúdo ministrado é mais aprofundado e conta com exemplos práticos do dia a dia, com passo a passo.
Além disso, dependendo da dinâmica do curso, é possível trocar experiências e aprendizados com outros alunos. Isso é algo muito rico, porque você acaba aprendendo por meio de erros e acertos de outras pessoas.
Use um app de finanças pessoais
Hoje em dia, graças aos smartphones e à Internet 4G, ficou mais fácil realizar diversas atividades — basta ter os aplicativos corretos instalados no celular. Portanto, vale também usar um app de finanças pessoais para controlar o seu dinheiro e acompanhar a sua saúde financeira.
A Serasa, por exemplo, conta com um aplicativo para você gerenciar o seu score, realizar negociações e buscar por oportunidades de crédito no mercado — com praticidade e sem burocracia.
Ao longo deste post, vimos as principais boas práticas para controlar as suas finanças pessoais e alcançar os seus objetivos. O que você achou deste conteúdo? Esperamos que as nossas dicas sejam úteis para você e ajudem a conquistar a liberdade financeira que busca.
Se você achou este artigo interessante e tem uma empresa, aproveite e confira também nosso post sobre organização e planejamento do orçamento empresarial!