O desenvolvimento de novos produtos está diretamente relacionado à capacidade de uma empresa em se tornar ou se manter atrativa por meio da inovação. Em um cenário de intensas mudanças e dinâmica acelerada, essa característica desponta como uma ferramenta essencial para contornar os desafios e gerar oportunidades.
Contudo, apesar da importância da inovação no contexto empresarial, muitos negócios enfrentam dificuldades. E, entre os motivos aparentes, estão os custos envolvidos no processo de inovação.
O que muitos líderes e gestores não sabem é que é possível focar no desenvolvimento de novos produtos dentro da empresa sem necessariamente ter que fazer investimentos elevados. Para comprovar essa afirmação, preparamos este conteúdo. Acompanhe!
Desenvolvimento de novos produtos e a inovação, como se conectam?
Embora não seja a única maneira de materializar o conceito de inovação dentro de uma empresa, o desenvolvimento de novos produtos se insere com perfeição nesse meio. Em um cenário marcado pela mudança constante de hábitos, tendências e padrões de consumo, todos os dias novas demandas surgem, novos mercados aparecem e, consequentemente, novas oportunidades de negócio são criadas.
Em meio a tudo isso, empresas de todos os segmentos buscam criar serviços, produtos e soluções justamente para atender às novas necessidades. Exemplos não faltam para ilustrar isso — como foi o caso dos serviços de streaming de áudio e vídeo e dos aplicativos de transporte de passageiros, que se tornaram o novo padrão em suas áreas.
Assim, a lógica é que o desenvolvimento de novos produtos é a porta para a inovação. É a forma como se leva esse conceito para a realidade do consumidor, entregando propostas mais atraentes e alinhadas ao seu perfil.
Crescer por meio de novos produtos, é possível?
O primeiro ponto a considerar é que a inovação não se faz presente apenas quando se cria algo. Na realidade, é possível inovar a partir do aperfeiçoamento de um produto já existente. Assim, há dois conceitos de inovação: a incremental e a disruptiva.
A inovação incremental é a que concentra quase todo tipo de inovação, é aquela que parte de um conceito e o melhora. Já a inovação disruptiva é a que quebra um conceito preestabelecido, criando um produto que rompe com o formato anterior — foi o que aconteceu com os aplicativos de transporte, por exemplo.
Dito isso, fica mais fácil para uma empresa avaliar qual tipo de inovação é mais condizente com a sua realidade. Em muitos casos, o negócio já tem um produto com boa aceitação, mas sente que ele perdeu espaço para os concorrentes. Desse modo, existe uma necessidade de se atualizar, fazer uma melhor precificação de produtos ou mexer no mix, colocando-se em conformidade com os padrões do mercado e com as necessidades do seu destinatário.
Por outro lado, há situações em que a empresa precisa se estabelecer no mercado, se firmar. Para tanto, desenvolver um produto inovador, explorando determinado nicho, pode ser o caminho mais indicado para alcançar o sucesso.
Independentemente do caminho utilizado pelo negócio para materializar a inovação em suas atividades, é possível fomentar o crescimento e melhorar os seus resultados. Para isso, é necessário atentar aos movimentos do mercado no qual se insere, avaliando dados e concorrentes. O momento certo para expandir os negócios pode ser visualizado nessa hora.
Como desenvolver novos produtos com pouco investimento?
O desenvolvimento de novos produtos é um processo gradual, que depende da avaliação de uma série de variáveis, de um amplo conhecimento sobre o mercado no qual se atua e, claro, de investimentos.
No entanto, é possível tornar esse processo mais ágil e econômico. Para isso, o caminho mais promissor talvez seja se apoiar no uso dos dados e da tecnologia. Hoje, ferramentas e soluções voltadas ao Business Intelligence oferecem um suporte informativo valioso sobre os consumidores, ajudando gestores, líderes e tomadores de decisão a interpretar o mercado e suas demandas.
Na prática, esse suporte informativo reduz a necessidade do tradicional modelo de “tentativa e acerto”. Ou seja, a empresa já pode desenvolver e/ou aprimorar seus itens, levando em consideração o perfil do destinatário, suas necessidades, hábitos, capacidade financeira e tantas outras variáveis.
Quais são as etapas essenciais para o desenvolvimento de novos produtos?
O desenvolvimento de um item precisa se firmar em alguns conceitos e etapas para que se consiga obter bons resultados com o menor custo. Nesse sentido, deve-se seguir uma ordem concatenada de atos, de modo que cada etapa gere o resultado necessário para avançar para a etapa seguinte.
Assim, no desenvolvimento de produtos, as seguintes fases são fundamentais:
- definição do problema;
- pesquisas;
- análises e definições;
- criação do conceito;
- implementação do desenvolvimento do produto;
- prototipagem.
Quais são as ferramentas ideais?
Hoje, o desenvolvimento de novos produtos caminha lado a lado com ferramentas, soluções e o uso estratégico de dados. Como dito, o reforço oferecido pela tecnologia, principalmente, permite que as empresas sejam mais pontuais em suas propostas e mais aderentes às demandas e ao perfil do público-alvo. Isso encurta significativamente o tempo de projeto e os custos envolvidos.
A seguir, listamos algumas das ferramentas que otimizam o desenvolvimento de novos produtos nas empresas. Confira!
MVP
O MVP, ou Mínimo Produto Viável, pode ser entendido como uma metodologia de negócios que viabiliza a realização de testes em protótipos antes de serem lançados no mercado.
De maneira resumida, o MVP seria uma espécie de versão simplificada do item que a empresa pretende oferecer. Na prática, essa metodologia antecipa grande parte das funcionalidades do modelo final, permitindo que o público utilize, interaja e forneça insights para a empresa.
Dessa forma, ao utilizar o MVP, o desenvolvedor do produto consegue mensurar o seu nível de aderência com o mercado. Também verifica com maior precisão quais são os caminhos mais promissores para fazer ajustes e aperfeiçoar o item, de acordo com as próprias necessidades do usuário.
A vantagem dessa metodologia é que a empresa reduz a probabilidade de erros, além de minimizar gastos com funcionalidades desnecessárias e com inúmeras tentativas para atingir o ponto ideal.
Metodologias ágeis
O desenvolvimento de produtos com base em metodologias ágeis também desponta como um caminho promissor. Nesse formato, o projeto de desenvolvimento é repartido em entregas menores, seguindo um cronograma.
Por essa razão, de uma entrega para outra, é possível fazer testes, avaliar a performance do produto e corrigir falhas com rapidez. Em resumo, não seria necessário concluir todo o projeto para avaliar se ele terá uma boa aceitação ou se está adequado. Na verdade, o item já passou por validação ao longo do seu desenvolvimento e, por isso, tem maior probabilidade de aceitação.
Lean
Somada às demais medidas, a adoção da metodologia Lean também é capaz de trazer uma série de impactos positivos ao desenvolvimento de novos produtos nas empresas. Essa metodologia se apoia em uma cultura de operações enxutas, cujo objetivo é reduzir ao máximo o desperdício de recursos — sejam eles humanos, sejam eles materiais.
Nesse sentido, há uma grande preocupação com a fase de projeto de um produto. Nessa etapa, diferentes aspectos são avaliados, como custos de insumos e materiais necessários, assim como a existência de processos mais eficientes e econômicos.
Na prática, a Lean otimiza diretamente o projeto de um item, considerando variáveis cruciais e que poderão impactar nos custos e na qualidade da versão final. O objetivo é entregar alta qualidade, baixa probabilidade de defeitos e mínimo desperdício a um custo mais baixo.
Além dessas ferramentas, existem outras igualmente importantes e que também podem ser aplicadas para tornar o desenvolvimento de novos produtos mais eficiente e econômico. Como exemplos, citamos:
- business plan;
- testes A/B;
- data analytics;
- pesquisas de mercado, entre outras.
Por fim, como foi possível perceber, o desenvolvimento de novos produtos é um dos pilares da inovação dentro das empresas. Dedicar tempo, esforço e recursos nesse quesito é necessário na atualidade, em que a competitividade exige novas propostas a todo momento. Mas com estudo, tecnologia e aproveitamento de dados, é possível desenvolver novos produtos e negócios sem comprometer as finanças.
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