Contratar o primeiro funcionário costuma ser um grande dilema para a maioria das microempresas. Afinal, será que o negócio realmente precisa de reforços? Qual é o momento certo de admitir um colaborador? Como encontrar pessoas que darão conta do recado? Essas e tantas outras dúvidas são bem comuns. E foi pensando justamente nelas que resolvemos preparar este conteúdo exclusivo, trazendo o máximo possível de respostas.
Neste post, você vai descobrir quais são os sinais de que precisa de um funcionário, quais são os principais desafios de uma contratação, como conduzir um bom processo seletivo, entre outros pontos fundamentais. Acompanhe!
Os sinais de que você precisa de um funcionário
A hora ideal para contratar
Por mais óbvio que pareça, o principal sintoma da necessidade de reforços é muito simples: quando o empreendedor percebe que não está dando conta sozinho. Algumas das dificuldades que agravam essa situação são quando:
- você nota que o atendimento tem deixado a desejar;
- a parte burocrática da empresa está tomando muito do seu tempo;
- você está deixando de fazer tarefas importantes, ações estratégicas ou atividades nas quais tem mais expertise;
- sua vida pessoal está começando a ser prejudicada porque as demandas do negócio são muito grandes;
- você está sem tempo para a família, para o lazer, para investir em um curso ou para viajar.
Todos esses pontos são sinais claros da existência da necessidade de contratação. Mais que isso, aliás, eles indicam a urgência do assunto, já que até mesmo a vida pessoal do dono da empresa está sendo afetada. Com isso, caso uma atitude não seja tomada, o destino tende a ser o acúmulo de problemas tanto na família como no trabalho.
Um bom processo seletivo desde a primeira contratação
Uma vez definido que existe a necessidade de contratação, é hora de buscar o melhor profissional possível, certo? Para isso, é fundamental ter um sistema de seleção sólido, capaz de cobrir todos os aspectos importantes, tanto do ponto de vista técnico como da perspectiva pessoal
No âmbito técnico, você deverá avaliar experiências anteriores, cursos e formações, bem como domínio de idiomas estrangeiros e o que mais for interessante para a vaga em questão. O problema é que muitos empreendedores esquecem de levar em conta o comportamento.
É imprescindível certificar-se de que o candidato tem o perfil da empresa no que diz respeito às atitudes. No mínimo, a pessoa deve ser comprometida, honesta e responsável. Em geral, os principais pontos a serem observados são:
- limitações e habilidades do candidato;
- pontos de melhoria e como a empresa pode ajudar aí;
- experiências anteriores e como elas contribuirão para o negócio.
Lembre-se de que o período de experiência também faz parte do processo seletivo. Se necessário, portanto, você pode fazer uma substituição.
A necessidade de amadurecimento da gestão
Existem alguns pontos que o empresário deve levar em conta antes e durante a busca do funcionário desejado. Confira a seguir!
Tenha clareza sobre o perfil da empresa
Saiba explicar para a pessoa que você quer contratar qual é a missão da sua empresa, quem são os clientes e como vocês trabalham. Sem isso, ficará difícil atrair bons talentos.
Trace o perfil da vaga
Jamais abra um processo seletivo sem saber exatamente o que você espera. Alinhar previamente o perfil da vaga ajuda a contratar melhor e a alocar bem os talentos.
Busque apoio profissional
Muitos empreendedores ficam com medo de contratar, pois acham que um funcionário custa muito caro. Na dúvida, conte com a ajuda de um profissional contábil para colocar tudo na ponta do lápis!
Torne-se um verdadeiro líder
Quando você começa a contratar, a responsabilidade só aumenta. Se você ainda não se sente líder, busque se aprimorar, fazendo cursos de empreendedorismo e liderança. Conheça seus pontos fortes e descubra o que pode ser melhorado!
Os desafios tributários e de custos fixos
Perfil da empresa e da função
Os desafios tributários e os custos dependem muito do tipo de pessoa jurídica — como MEI ou ME. Se o negócio é MEI, o empreendedor pode contratar 1 funcionário, arcando com 3% do INSS, além de 8% que serão descontados do colaborador para pagamento do FGTS.
A vantagem é que isso é organizado automaticamente com a geração do boleto! Traduzindo: quando você paga o MEI já está pagando tudo o que é inerente àquele funcionário. Quando a empresa é maior, o ideal é se informar com um especialista — em geral um contador.
Além do perfil do negócio, o tipo de trabalho a ser exercido também influenciará nos gastos. Alguns dos pontos a serem observados nesse sentido são:
- se o trabalho acontecerá durante o dia, porque, caso contrário, haverá adicional noturno;
- a quantidade de horas semanais;
- se haverá necessidade de pagamento de transporte e alimentação;
- se tem insalubridade;
- se a carga horária vai exigir mais de uma pessoa;
- se existem exigências específicas dos sindicatos.
Essas são informações que você deverá buscar com profissionais especializados. Assim, será possível ter uma ideia dos custos adicionais existentes, além do salário propriamente dito. A partir daí, o empreendedor precisa desenhar 2 cenários:
- se está vendendo bem e conseguindo captar recursos para o negócio, vale pensar: por quanto tempo conseguirá pagar o funcionário;
- se não está vendendo bem, tem que pensar: por quanto tempo conseguirá manter essa pessoa até a situação melhorar.
Tudo isso é bem importante de ser levado em conta, pois não se trata apenas do salário. É preciso levar em conta todos os custos envolvidos na contratação! Afinal, de nada adiantará admitir um colaborador sendo que você não tem qualquer garantia de que conseguirá manter seus custos.
Limite de estagiários e jovens aprendizes
Estagiários e jovens aprendizes devem obedecer à legislação: ambos trabalham no máximo 6 horas por dia. Tenha isso em mente antes de contratar! Além do mais, um estagiário precisa de supervisão da área técnica. A contratação não pode ser feita, portanto, caso você não tenha formação na área da vaga, pois isso significa que o jovem ficaria sem supervisão direta.
Não se esqueça de que, se você está buscando alguém para ajudá-lo a escalar seu negócio, é mais que provável que você queira que esse colaborador continue por lá no longo prazo.
Uso de serviços de PJ
Mais uma vez, o perfil do seu negócio pode influenciar. Como MEI, você não poderá contratar outro MEI para as áreas-fim da empresa. No entanto, se quiser um funcionário para atuar em algo que não seja a área-fim (cuidando do marketing, por exemplo), tem aí uma opção.
Além disso, a contratação de PJ ou carteira assinada depende do perfil de pessoa que você busca. Imagine que você esteja procurando alguém que possa estar ali todos os dias, seja na produção, nas vendas ou dentro do seu estabelecimento atendendo as pessoas. Nesse caso, tem que ser carteira assinada.
Já se você presta determinado tipo de serviço e, vez ou outra, precisa contratar alguém para ajudar em certas empreitadas, aí pode buscar uma PJ. Só não esqueça: tudo o que for acordado precisa estar devidamente registrado, independentemente do tipo de colaborador escolhido.
Motivação dos funcionários
Motivar funcionários também tem seus custos, sabia? Para que uma pessoa se sinta sempre disposta a trabalhar, ela primeiramente tem que receber um salário capaz de satisfazê-la.
Além disso, as pessoas se motivam quando sentem que estão crescendo como profissionais. A empresa deve, assim, oferecer as condições necessárias para os colaboradores realizarem suas funções com qualidade — como um bom espaço de trabalho, equipamentos atualizados e orientação adequada.
Outro ponto importante diz respeito à qualificação. Investir em treinamentos pode fazer toda a diferença para que um funcionário queira ficar na sua empresa no longo prazo. Afinal, ele estará adquirindo novos conhecimentos e habilidades que serão úteis não só no momento atual, mas em toda a sua carreira.
Por fim, se você realmente está pensando em contratar o primeiro funcionário e não tem nenhuma experiência no assunto, busque fontes de aprendizado! Atualmente existem inúmeros cursos e eventos, até mesmo online, com cases de empresas que já passaram por esse momento. Lembre-se: contratar não é perigoso nem caro, desde que as admissões estejam alinhadas com o negócio.
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