Toda mudança repentina e imprevisível na economia ou na vida em sociedade pode causar impactos nas empresas. Neste contexto, as crises financeiras e econômicas são um exemplo de situação que afeta, de variadas formas, a rotina de gestão dos negócios.
Este ano de 2020 é um exemplo disso, apresentando um cenário de mudanças e incertezas relacionadas à saúde, economia internacional e perspectivas de consumo. A situação demanda atenção de empresários e gestores, que devem estar preparados para lidar com os riscos do momento e o impactos que isso pode causar na rotina dos seus negócios.
Garantir a saúde financeira é um dos pilares do planejamento de qualquer empresa e, para isso, é necessário alinhar expectativas e perspectivas sobre a realidade do negócio. Neste post, você vai ter acesso a algumas dicas essenciais que vão ajudar a proteger as finanças empresariais frente a um cenário de crise econômica. Confira!
Avalie os riscos do seu negócio
Em um ambiente de dúvidas e incertezas, a primeira ação que deve ser tomada pelo empresário é fazer uma avaliação de riscos do seu negócio. Mas como isso será feito?
A ideia é basicamente entender a situação do mercado, o contexto no qual a sua empresa está inserida, levando em consideração as particularidades do seu segmento de atuação e os riscos diretos vinculados à crise financeira. Ter conhecimento pautado em dados a respeito da posição da empresa no mercado ajuda a definir estratégias mais precisas para estabelecer ações que visem diminuir o impacto nas finanças do seu negócio.
Faça uma revisão das finanças
Quando surge uma crise econômica a primeira dúvida que vem em mente é: vou conseguir manter o pagamento das minhas obrigações em dia? Meus clientes terão condições de honrar seus compromissos dentro dos prazos estabelecidos?
Ao revisar as finanças, o empresário tem condições de entender melhor a sua situação naquele momento e elaborar projeções para os próximos meses. Em muitos casos será necessário pensar em uma estratégia de reestruturação financeira.
A recomendação é que, independe do porte ou área de atuação, a sua empresa realize essa revisão das finanças com certa frequência. Isso trará mais clareza sobre a situação atual e eventuais gargalos que possam ser eliminados.
Tenha uma reserva de emergência
Quando se fala em finanças, sejam elas pessoais ou empresariais, ter uma reserva de emergência é imprescindível. Esses recursos dão o suporte necessário para que a empresa consiga manter suas atividades durante o período de crise, cumprindo com as suas obrigações em dia e mantendo o ciclo de produção em funcionamento.
Toda empresa deve criar uma estratégia para manter uma reserva de emergência. Estabeleça os critérios na definição dos recursos necessários para a manutenção das atividades essenciais da empresa por três a seis meses, pelo menos. Isso ajudará muito durante um período de crise financeira.
Corte gastos supérfluos
Esta é outra dica que deve ser aplicada com frequência no planejamento financeiro das empresas. Em uma situação de crise, isso se torna ainda mais relevante para compensar a redução da entrada de dinheiro no caixa da empresa.
Dessa forma, reduza gastos com material de escritório, consumo de energia elétrica e com telefone, por exemplo. Avalie, inclusive, a possibilidade de home office, se o seu segmento permite essa modalidade. Essa é uma oportunidade de revisão dos gastos, o que possibilita encontrar mecanismos para a otimização dos processos.
Monitore os seus clientes
Essa é uma dica importante e que, muitas vezes, as empresas deixam de acompanhar com a atenção necessária. O monitoramento dos clientes contribui na avaliação dos riscos de inadimplência.
Se a crise financeira atinge diretamente os seus clientes você também sofrerá as consequências do problema. Se o seu cliente não tem recursos suficientes, ele poderá deixar de consumir o seu produto/serviço ou poderá consumir e não ter condições de pagar sua dívida. Por isso, o monitoramento dos seus clientes é tão importante. A análise das informações ajudará você a planejar suas vendas, avaliar eventuais riscos nas negociações e reduzir o impacto da inadimplência no seu negócio.
Realize consultas de crédito
Paralelamente ao monitoramento de cliente, as consultas de crédito, que já representam uma prática corriqueira da empresa, devem ser elevadas em um patamar ainda mais alto durante uma crise financeira.
Além de monitorar os seus clientes antigos e ativos, realizar a consulta de crédito antes de toda negociação traz maior segurança para a sua empresa. Ter acesso a informações atualizadas a respeito de um cliente em potencial reduz o risco de inadimplência e facilita a negociação das condições de pagamento e demais aspectos da operação, propiciando uma relação comercial mais sólida e duradoura.
Revise o seu modelo de negócios
Por fim, uma das principais características das crises financeiras é que elas surgem como uma oportunidade de reinvenção e inovação para muitas empresas. Como isso acontece?
As mudanças no mercado e, muitas vezes, no comportamento do público consumidor exigem que o empresário faça uma revisão no seu modelo de negócios para se adaptar à uma nova realidade. Assim, neste momento de análise e revisão, muitas empresas encontram soluções criativas e inovadoras que acabam se tornando medidas que transformam e favorecem o crescimento da organização, mesmo em um momento de crise.
Somando todas as estratégias que destacamos ao longo deste artigo e aplicando uma revisão no seu modelo de negócios é possível identificar oportunidades, carências no mercado e necessidades do consumidor. Com inovação e criatividade, você oferece novos produtos/serviços e adapta seu negócio às demandas durante o período de crise financeira.
Além de garantir a continuidade das suas operações, você ainda pode estabelecer um novo patamar de crescimento no seu negócio com a criação de novas soluções e produtos, por exemplo. Lidar com uma crise financeira não é fácil, mas, o que se percebe é que muitas empresas conseguem transformar as dificuldades em oportunidades de melhoria em diversos mercados, favorecendo a construção de uma nova força econômica.
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