Se você é um empreendedor ou está considerando iniciar no mercado, provavelmente tem uma pequena noção de que a lucratividade é uma das metas mais importantes para o sucesso. Afinal, a competitividade e as margens de lucro da economia dinâmica do nosso país estão cada vez mais estreitas, por isso, um diferencial estratégico é crucial para se destacar.

Nesse cenário desafiador para PMEs que, muitas vezes, se encontram diante de recursos limitados e de decisões complicadas, o índice de lucratividade assume uma relevância ainda maior. É como se ele fosse um termômetro da saúde financeira dos negócios, indicando se está sendo gerado valor, se os investimentos estão retornando e se as estratégias estão, de fato, contribuindo para o sucesso.

Para que tudo isso seja possível, é essencial entender que manter um controle rigoroso sobre esse fator é a diferença entre a prosperidade e a estagnação dos negócios. Por isso, neste blogpost, vamos explorar o que é o índice de lucratividade, como calculá-lo corretamente e trazer estratégias práticas para melhorá-lo. Fique com a gente e aprenda!

Primeiramente, o que é o índice de lucratividade?

O índice de lucratividade (ou margem de lucro) é um método de gestão que considera as receitas totais de uma empresa para calcular a margem de lucro líquido obtido em um determinado período. Em outras palavras, ele indica quanto a empresa ganha em cada R$ 100,00 que fatura.

Pode parecer nebuloso, nas primeiras vezes, perceber a importância de compreender e de acompanhar de perto o índice de lucratividade. Por isso, elencamos os seus principais impactos no próximo tópico!

Qual é a importância de manter um controle próximo desse fator?

Mais do que um simples número que mensura a geração de lucro, o cálculo da lucratividade é uma das técnicas de gestão financeira e de direcionamento em tomadas de decisão que permite aos empreendedores:

  • Avaliar a viabilidade do negócio: é possível mensurar se a empresa está em um caminho sustentável ou se precisa de ajustes estratégicos para garantir sua sobrevivência a longo prazo no mercado concorrente;
  • Identificar oportunidades de crescimento: ele pode revelar áreas do negócio com potencial para serem otimizadas, como a redução de custos, a otimização de processos ou a expansão para novos nichos do mercado;
  • Tomar decisões assertivas: baseados em dados concretos e precisos, os empreendedores podem tomar decisões estratégicas mais conscientes e eficazes, aumentando as chances de sucesso do negócio;
  • Comparar o desempenho com o mercado: comparando o IL da empresa com a média do setor, é possível notar se a organização está acima, abaixo ou na média do mercado, o que fornece insights valiosos para aprimorar a competitividade e desenvolver novos objetivos sem sacrificar a margem de lucro.

Como é feito o cálculo de lucratividade de uma empresa?

O cálculo do índice de lucratividade é feito pela divisão do lucro líquido pela receita total e, em seguida, multiplicando o resultado por 100 para obter uma porcentagem que representa o percentual de ganho. No entanto, você deve saber o que significa cada um dos termos que mencionamos.

As receitas totais envolvem os valores ganhos com a venda dos produtos oferecidos. Já o lucro líquido é aquele valor restante da venda depois de descontados os custos, os impostos e as despesas da produção. Por fim, a lucratividade é o percentual obtido entre o valor da divisão do lucro líquido e o das vendas, multiplicado por 100. Agora, vamos ao passo a passo:

  1. Some todas as vendas da empresa em um determinado período (mês, trimestre, ano);
  2. Inclua todos os custos que variam de acordo com o volume de produção, como matéria-prima, mão de obra direta, energia e impostos sobre o produto;
  3. Calcule todos os custos que não variam com o volume de produção, como aluguel, depreciação de equipamentos, salários administrativos e despesas com marketing;
  4. Subtraia os custos variáveis da receita total e calcule o lucro bruto;
  5. Subtraia os custos fixos do lucro bruto e obtenha o resultado do lucro líquido;
  6. Divida o lucro líquido pela receita total e multiplique por 100 para obter a porcentagem do índice de lucratividade.

Ainda confuso? Não tem problema! Vamos dar um exemplo. Para começar, todos esses passos podem ser resumidos pela seguinte fórmula: lucro líquido ÷ receita total × 100. Agora, imagine que sua empresa tenha R$ 500.000,00 de receita total, R$ 175.000,00 de custos com a produção, R$ 25.000,00 de despesas operacionais e R$ 15.000,00 de despesas financeiras.

Do valor da receita total, descontamos os custos de produção, que resultarão no valor do lucro bruto, ou seja, R$ 325.000,00. Depois, subtraímos as despesas operacionais do lucro bruto, ficando com o valor de R$ 300.000,00 em caixa. Após isso, o valor das despesas financeiras também deve ser descontado, resultando no montante líquido de R$ 285.000,00.

Desta forma, o valor a ser utilizado na fórmula de cálculo do índice de lucratividade é obtido. Então, temos que: 285.000 ÷ 500.000 × 100 = 57, que é o número da rentabilidade dos produtos vendidos em um determinado período. Em outras palavras, a cada R$ 100,00 a empresa obteria um lucro líquido de R$ 57,00 por item.

Como o preço de venda impacta na lucratividade?

A precificação é uma das decisões mais críticas para qualquer empresa. Afinal, ela prioriza a coerência com os custos, o oferecimento de valor agregado ao cliente, a análise dos padrões do mercado e a consideração da percepção de valor pelos consumidores sobre uma mercadoria ou serviço.

Em outras palavras, um preço bem definido pode aumentar significativamente a lucratividade dos negócios, enquanto um preço mal calculado pode levar a prejuízos significativos a curto, médio e longo prazo, tanto para a situação financeira quanto para o reconhecimento da marca no mercado.

Por isso, encontrar o ponto de equilíbrio entre as duas métricas é tão importante quanto saber defini-las individualmente. Resumidamente, ele é alcançado quando as receitas totais são iguais aos custos totais, resultando em zero lucro ou prejuízo.

Sabe o que isso quer dizer? A partir daí, as vendas passam a ser consideradas como lucro total!

Quais os erros mais comuns no cálculo de lucratividade?

Existem inúmeros erros comuns durante o cálculo do índice de lucratividade. Por isso, assim como com qualquer outra ferramenta poderosa, todo o cuidado é pouco se você quer evitar que os seus negócios enfrentem turbulências e complicações que podem ser, algumas vezes, irrecuperáveis.

Dentre eles, podemos citar a utilização de dados desatualizados durante as operações que resultam em cálculos imprecisos e decisões sem embasamento. A falta de controle de estoque é um exemplo de complicação desse primeiro erro, pois comumente resulta em perdas e desperdícios que afetam bastante a lucratividade.

Além disso, muitas empresas ignoram custos indiretos e variáveis, como despesas administrativas e de marketing, custos de matéria-prima, frete e mão de obra direta. Ignorar essa flutuação leva a uma falsa sensação de segurança e pode impactar significativamente os lucros a médio e a longo prazo.

Por fim, reiteramos a importância de não deixar de incluir tudo que for relevante no cálculo da lucratividade. Certifique-se de considerar todas as entradas e saídas do seu negócio, ainda, não se esqueça de avaliar seus custos, os preços dos concorrentes e o valor percebido pelos clientes para definir aqueles que garantam uma lucratividade real. Agora, vamos às dicas!

Dicas práticas para evitar os erros e garantir cálculos precisos

Agora que chegamos ao final do nosso conteúdo, nada como ter dicas valiosas para colocar tudo o que trouxemos aqui na prática e não ter erro na hora de fazer o cálculo de lucratividade. Então, vamos lá:

  • Identifique todos os custos: faça uma lista completa de todos os custos fixos e variáveis da sua empresa, desde o aluguel até o café do escritório. Se preciso, contrate um contador e implemente softwares específicos;
  • Reduza aqueles que são desnecessários: se empenhe em identificar e eliminar as despesas que não agregam valor ao produto ou serviço. Assim, você conseguirá aumentar significativamente a margem de lucro da sua marca;
  • Revise periodicamente a metodologia de cálculo da lucratividade: assim, você garante que ela esteja atualizada e reflita a realidade do seu negócio;
  • Negocie com fornecedores: converse com seus fornecedores e busque por melhores preços e condições de pagamento, pois isso pode reduzir os custos variáveis e aumentar a lucratividade;
  • Otimize e automatize o processo de produção: implementar processos mais eficientes com a automatização de ferramentas tecnológicas pode reduzir a perda de materiais e, consequentemente, diminuir os custos de produção e aumentar o índice de lucratividade;
  • Faça a gestão de estoque: gerenciar o estoque de matérias-primas e de produtos acabados com mais inteligência pode reduzir significativamente os custos de armazenamento, bem como evitar desperdícios desnecessários;

Além disso, a realização de auditorias financeiras regulares garante que todos os custos e receitas estão sendo contabilizados corretamente. Ainda, investir no treinamento da sua equipe ajuda a fazer com que todos entendam a importância do controle de custos e do cálculo correto da lucratividade.

Ah, e não se limite apenas ao índice de lucratividade, ok? Acompanhe outros indicadores financeiros importantes, como fluxo de caixa, ponto de equilíbrio e retorno sobre investimento, pois ter uma visão completa e técnica do seu negócio é essencial para tomar decisões estratégicas assertivas.

Esperamos que você tenha gostado de tudo o que trouxemos no conteúdo de hoje. Se você acredita que nossos direcionamentos podem colaborar de alguma forma para o sucesso da sua empresa, não deixe de conferir diariamente o nosso blog, pois sempre estamos publicando insights valiosos sobre empreendedorismo. Até a próxima!