Na hora de pensar no dia a dia de um negócio, o empreendedor pode ter dúvida sobre a documentação necessária, especialmente na diferença entre CPF e CNPJ para realizar as atividades.
Entender a função de cada um desses documentos é importante para quem pretende empreender, especialmente pela necessidade de emitir nota fiscal pela venda de seus produtos ou serviços.
Parece confuso? Se você quer conhecer melhor a diferença entre CPF e CNPJ acompanhe este post. Na leitura você descobre ainda por que é recomendado separar as finanças pessoais e de negócios! Confira!
Qual é a diferença entre CPF e CNPJ?
Vamos começar explicando o que é o CPF ou Cadastro de Pessoa Física. Trata-se de uma identificação dos contribuintes junto à Receita Federal. Assim, é um dos documentos mais utilizados pelos cidadãos nascidos ou naturalizados no Brasil.
Aliás, o CPF é tão necessário que, desde 2018, é obrigatório que esse número já seja gerado com a certidão de nascimento. Ou seja, o indivíduo passa a ter essa identificação desde o momento em que é feito o registro do seu nascimento em cartório.
Ter o CPF é importante para diversas atividades da vida civil, visto que é um documento solicitado por órgãos públicos e privados em diferentes ocasiões. Atualmente, até crianças e adolescentes precisam ter um número de CPF para poderem ser incluídos como dependentes na declaração de imposto de renda dos pais.
Além disso, o documento é requerido para abrir conta bancária, solicitar cartão de crédito, efetuar inscrição em concurso público, entre outras situações. Com o CPF, você ainda pode instalar um certificado digital em seu computador, o e-CPF, que permite utilizar o documento em operações eletrônicas, como declaração do imposto de renda e assinatura de contratos.
Função e importância do CNPJ
Mas e quanto ao CNPJ, qual a diferença? Nesse caso, trata-se do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, uma identificação utilizada pela Receita Federal para empresas e organizações.
Dessa forma, quem deseja abrir uma empresa no Brasil, seja qual for o tamanho ou porte, precisa ter um CNPJ, inclusive no caso de microempreendedores individuais (MEI). Somente assim é possível que o negócio cumpra as obrigações fiscais, fazendo o recolhimento de impostos de acordo com o regime que está enquadrado. Além disso, com esse cadastro é possível emitir nota fiscal para a venda de produtos e a prestação de serviços.
É preciso destacar ainda que, com o CNPJ, você também pode ter o e-CNPJ A1 ou A3, sendo que a diferença entre os certificados são a forma de armazenamento e vencimento. O A1 vale por 12 meses e o A3 por 12, 24 ou 36 meses. Dessa maneira, com ele você tem a versão digital da assinatura da sua empresa, o que facilita diversas atividades em sua rotina, especialmente as mais burocráticas.
CPF ou CNPJ: qual é melhor para o negócio?
Depois de acompanhar a diferença entre CPF e CNPJ, surge a dúvida: para ter um negócio é obrigatório ter um CNPJ? Para constituir uma empresa, é obrigatório sim, no entanto, é possível realizar suas atividades profissionais como autônomo utilizando apenas seu CPF.
Contudo, ao atuar desse modo, além do registro junto à Prefeitura e o pagamento do imposto municipal, saiba que os ganhos obtidos com o negócio são tributados como pessoa física no imposto de renda. Então, dependendo do seu faturamento, pode ser preciso pagar até 27,5% desse valor à Receita Federal.
Além disso, apenas com o CPF, você não consegue emitir nota fiscal, documento exigido por muitas empresas na hora de contratar seus produtos ou serviços. Mas não é só: dispor de um CNPJ também confere mais credibilidade para sua empresa no mercado.
Outra questão é que ter essa identificação pode trazer vantagens na compra de insumos e matérias-primas junto a fornecedores. Com o documento, você consegue, muitas vezes, condições especiais de pagamento.
E se a sua intenção é buscar outros profissionais, como sócios para seu negócio, será preciso formalizar a sociedade com um cadastro de pessoa jurídica. Por fim, quem pretende ter um e-commerce, vendendo produtos e serviços online, também precisa, obrigatoriamente, ter um CNPJ.
Qual a importância de separar as contas pessoais das contas do negócio?
Acho que deu para perceber a importância de abrir um CNPJ para empreender, certo? Além de todos os aspectos citados, é recomendado que, ao ter o CNPJ da sua empresa, você tenha conta bancária de pessoa jurídica, ou seja, que fique separada da sua conta pessoal.
Em um primeiro momento, pode até parecer mais prático manter as finanças em uma mesma conta, mas saiba que isso não é indicado. Isso porque você não consegue ter uma visão da exata situação financeira do seu negócio, visto que utiliza o dinheiro também para suas despesas pessoais.
Então, mesmo que você trabalhe sozinho, tenha duas contas separadas e a disciplina de fazer o fluxo de caixa do seu negócio, registrando todas as receitas e despesas (inclusive as de menor valor). Dessa forma, você consegue saber se está ou não tendo lucro ou ainda se há gastos muito elevados na empresa, o que pode exigir a troca de fornecedor.
Com essa prática, é possível ainda fazer um planejamento de curto, médio e longo prazo, se programando para despesas extras ou investimentos no seu negócio.
E como ficam os seus ganhos se não é para misturar com as finanças pessoais? É simples: estabeleça um dia para repassar seu salário da conta da empresa para sua conta pessoal. Assim, você pode organizar seu orçamento a partir dessa quantia.
A ideia, portanto, é ter transparência com as finanças da sua empresa, o que vai ajudar no controle de custos e no planejamento dos próximos passos para o seu negócio crescer.
Apesar de muita gente ficar confusa em relação a esses documentos, a principal diferença entre CPF e CNPJ é que o primeiro é uma identificação de cidadãos, enquanto o segundo se volta para empresas. Então, se você pretende empreender, comece a se planejar para abrir o seu cadastro de pessoa jurídica.
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